"A doença do século XXI é a solidão", foram palavras de Maria José Nogueira Pinto, provedora da Santa Casa da Misericórdia desde 2002, onde implantou planos inovadores, de que é exemplo o projecto Mais Voluntariado, Menos Solidão.
O programa dá assistência domiciliária a mais de 1000 idosos em Lisboa, onde um quarto da população tem mais de 65 anos. Para o programa foram canalizados os lucros do jogo Euromilhões e contou com os esforços conjuntos da Santa Casa, da associação Coração Amarelo e da Cruz Vermelha, aproveitando a força do trabalho de voluntariado. "O abandono e a solidão dos idosos vão marcar determinantemente os próximos tempos", afirma a provedora. "O problema é que toda a nossa cultura hoje assenta no não querer ver.
E a primeira pergunta que me pus a mim própria foi como responder aos idosos antes de ter dinheiro, e se essa resposta só assentava em recursos materiais ou se podia basear-se na solidariedade das pessoas." E verificou que havia muita gente disposta a ajudar. Outras respostas para assistir os idosos são uma unidade de cuidados continuados no Hospital de Santana e a construção de raiz de um lar de grandes dependentes e de duas residências assistidas, especialmente construídos para os mais velhos. Também a resposta às crianças abandonadas tem estado a ser repensada, e está a tentar "quebrar o ciclo geracional de pobreza" apostando na formação profissional dos jovens.
Depois de ser deputada, líder parlamentar, a primeira mulher a liderar uma bancada no Parlamento e directora da Maternidade Alfredo da Costa, Maria José Nogueira Pinto aposta da redefinição do papel da Santa Casa, voltando-a para os mais carenciados.
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