Educadora de infância de formação, Isabel Guerra, 54 anos, preside a Associação Novo Futuro desde 2002, uma instituição que gere seis lares para crianças em risco. Há 11 anos nesta associação, conta que achou "o projecto muito interessante. A ideia de recriar uma família nos lares e de incluir as crianças na sociedade ajuda a educá-las sem que elas sintam que, por terem tido um percurso traumático, não têm as mesmas oportunidades que as outras crianças".
O seu trabalho na instituição começou como voluntária. Nessa altura, frequentava com regularidade os lares para dar muito mimo às crianças e jovens. Em 2002, foi desafiada para o cargo de presidente. É o segundo mandato que ocupa, com uma preocupação constante em dar às crianças e jovens dos lares da Novo Futuro a sensação de que ali encontram não apenas um porto seguro, mas uma família.
"É gratificante ouvi-los dizer que foram eles que nos escolheram para sua família", conta, emocionada, Isabel. Ao chegarem à maioridade, os jovens têm todas as ferramentas para se tornarem independentes, mas a Novo Futuro mantém muitos jovens depois dos 18 anos a viver nos seus lares. "Para alguns, é difícil, de repente, ir viver para um quarto, sem os ‘irmãos’ do lar", diz a presidente da Novo Futuro. E mesmo os que vão, voltam sempre…
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