Com 54 anos, e após leccionar literatura portuguesa durante 22 anos, no ensino secundário, Maria Alice fundou a Associação de Retinopatia de Portugal, em 1997. Movida a entusiasmo, e afectada desde o nascimento por uma doença hereditária da retina, lutou sempre contra a falta de informação nesta área.
Com a ajuda da Câmara Municipal de Lisboa, Maria Alice abriu a Associação de Retinopatia de Portugal (ARP), onde promove cursos de informática, que têm ajudado a colocar pessoas invisuais no mundo do trabalho, consultas especializadas, acompanhamento, orientação, consultas psicológicas, pedagógicas, e um estudo genético, essencial para determinar se portadores da doença poderão colocar os futuros filhos em risco.
Maria Alice considera que estas doenças são altamente incapacitantes, mas acredita que as pessoas devem estar orientadas para encarar as coisas de maneira diferente e reaprender a viver. Enquanto o futuro não chega, e com ele a cura para este tipo de doenças degenerativas, não baixa os braços, procurando melhorar o presente de todos os que entram em contacto consigo.