Maria João Cardoso, 44 anos, dedica-se ao estudo, diagnóstico e cirurgia do cancro da mama. Criou a primeira Unidade de Patologia Mamária, que conta com uma equipa multidisciplinar (biopsia, mamografia, ecografia, psicologia), garantindo que todos os exames são feitos no mesmo local, na obtenção do diagnóstico. "É importante que este processo seja o mais simples possível, causando o mínimo desconforto para a paciente."
A nomeada cresceu nos corredores do Hospital de São João, no Porto. Filha de um cirurgião-geral, lembra os fins-de-semana em que levava brinquedos para as crianças da unidade de queimados. Hoje dedica o seu tempo às vítimas de cancro mamário e é a cirurgiã com o maior número de cirurgias plásticas reconstrutivas e estéticas do País. • O seu tempo é dedicado ao estudo, investigação e conferências, onde tenta sensibilizar o público para a importância do diagnóstico. "Por ano surgem seis mil novos casos. É muito importante que o diagnóstico seja precoce, para o tratamento ser mais eficaz."
Para a nomeada, a Unidade Mamária que fundou foi apenas o primeiro passo. "O ideal seria unidades espalhadas pelo País. Já provámos que este projecto funciona. Agora é esperar que vejam implementadas." Neste sentido, o Instituto Português de Oncologia de Lisboa já adoptou o modelo e o Hospital de Santa Maria está a construir uma nova unidade.