Na arte dos espectáculos já conquistou o seu lugar como a primeira mulher-palhaço em Portugal, mas Teresa Ricou tem feito muito mais que arrancar gargalhadas.
Há quase três décadas que a eterna Tété palhaço resgata os sonhos perdidos dos meninos que ninguém quer, jovens problemáticos dos institutos de reinserção social que encontram no Chapitô uma referência para a vida. "Salvar um, já me vale uma fortuna", diz Teresa. A estrutura que fez crescer conta com 120 colaboradores no apoio aos mais de 300 jovens que frequentam o Chapitô. Ao projecto de reintegração social através das artes aliou a ambição de criar uma escola profissional para quem quer entrar no mundo dos espectáculos.
Um modelo reconhecido pelo Estado e que forma 100 alunos todos os anos.
QUEM É: Herdou do pai o espírito solidário (que era médico e combateu a lepra em África) e conseguiu materializar o seu sonho: criar um centro artístico multicultural de mãos dadas com um projecto para jovens carenciados. Com um filho e dois netos, Teresa, de 63 anos, quer construir outro Chapitô, à beira-Tejo. Para si, quer em breve voltar aos palcos com a Tété, "porque os palhaços não têm idade".