O
Passeio Marítimo de Algés recebeu mais uma edição do festival urbano
Optimus Alive, com aquele que prometia ser o melhor cartaz do ano. Grandes nomes da música estiveram nos três palcos do recinto: Palco Optimus, Palco Super Bock e Palco Optimus Clubbing.
No primeiro dia de festival foram poucos os que conseguiram chegar a tempo do início dos concertos. A noite do palco principal começou com
Biffy Clyro, às 18h30, mas uma grande parte do público ainda estava ‘preso’ nas enormes filas para entrar no recinto, quando a banda subiu ao Palco Optimus para atuar. Eram três filas de entradas divididas pelo tipo de bilhete, um dia, passe de dois dias e passe de três dias, sendo que estes últimos (curiosamente aqueles que reservaram presença para todo o festival) eram os que mais tempo demoravam para entrar: entre duas a três horas de espera para obter a pulseira de acesso ao recinto. Alguns ainda viram as pulseiras esgotar e acabaram por ter de voltar mais tarde às entradas para trocar o ‘bilhete-passe’ pela dita fita para o pulso. A própria pulseira não ajudou, pois contrariamente ao que é comum ver nos festivais, no
Optimus Alive é usada uma fita em tecido que tem de ser presa com um alicate… Quem não deve ter gostado muito da ideia foram os diversos colaboradores que já tinham as mãos vermelhas de tanto apertar pulseiras com os alicates.
Pouco a pouco a grande multidão lá conseguiu chegar ao recinto para assistir aos restantes concertos da noite. Os portugueses
Moonspell conseguiram subir ao palco principal, por volta das 20h, já com o recinto mais composto. Seguiram-se
Alice in Chains com uma actuação surpreendente de
William DuVall relembrando a voz de
Layne Staley, o falecido vocalista da banda mais
grundge dos anos 90. Quase às 23h os britânicos
Kasabian presentearam o público com a sua música. Uma boa surpresa para aqueles que não os conheciam e que esperavam pelos míticos
Faith no More. Era meia-noite e meia quando
Mike Patton e companhia subiu ao palco. O vocalista dos
Faith no More continua a ser uma das vozes mais versáteis da cena musical: entre falsetes e grunhidos, Patton nunca desafina e usa a sua voz como um instrumento. Instrumento esse que domina como mais ninguém. Comunicando com o público sempre em português , Patton cantou, brincou, disse algumas piadas, falou em
Cristiano Ronaldo e ainda levou o público a gritar alguns palavrões. Teve tempo de mergulhar na multidão e perder um sapato – "Mal educados, bestia i s!", disse em tom de brincadeira.
Pelos outros palcos passaram
La Roux,
The xx e
Florence and the Machine, entre outros, mostrando que bem podiam ter atuado no palco principal, já que no Palco Super Bock o espaço era muito limitado pela tenda que o cobria e que impedia a propagação do som para as zonas circundantes. Quem não conseguiu espaço na tenda dificilmente conseguiu assistir e ouvir no seu pleno os concertos daquele palco.
O segundo dia trouxe de regresso a Portugal bandas como os
Manic Street Preachers, os
Skunk Anansie e os
Deftones. Três actuações brilhantes. O concerto dos britânicos
Skunk Anansie foi talvez o momento mais alto da noite. A banda liderada por
Skin encheu o recinto e transportou todos para os anos 90, altura em que a banda se popularizou com temas como ‘Hedonism’, entre outros. Os
Deftones terminaram a noite com um espetáculo de
nu-metal recordando o final dos anos 90.
No palco Super Bock, os norte-americanos
Gossip sobrelotaram o espaço da tenda. O concerto estendeu-se à zona de alimentação onde se podiam ver pessoas em cima das mesas e bancos, que espreitavam por cima da multidão. Tudo valia para tentar ver e ouvir
Beth Ditto.
No último dia, cerca de 45 mil pessoas (número oficial) encheram o
Passeio Marítimo de Algés para ver a banda de
Eddie Vedder, os
Pearl Jam. A banda de Seattle foi a responsável pela enchente que tornou difícil a circulação pelo recinto. Havia fila para as máquinas de multibanco, para as ‘comidas’ e até para as casas-de-banho.
No palco principal destacaram-se as atuações de
Gomez,
Dropkick Murphys e
Gogol Bordello que antecederam os cabeças de cartaz
Pearl Jam e
LCD Soundsystem. A banda de
Eddie Vedder protagonizou o momento mais aguardado, com um concerto memorável. Vedder foi acompanhado durante todo a atuação pelo público que não se cansou de entoar os temas da banda. O cantor confessou que é apaixonado por Portugal e que termina sempre as tournées em terras lusas o que lhe permite ter alguns dias de lazer dedicados ao surf, a sua grande paixão. Os
LCD Soundsystem fecharam a noite do palco principal com uma hora de música que reteve os mais resistentes.
Pela tenda Clubbing passou o português
Paulo Furtado com o seu projeto
The Legendary Tiger Man. O músico conseguiu trazer para o festival as suas ‘musas’ do novo álbum ‘Femina’. Uma atuação que juntou muitos fãs e curiosos que quiseram ver
Rita Redshoes e
Maria de Medeiros entre outras. O final do conserto do português coincidiu com o início da performance do
Pearl Jam, por isso foram poucos aqueles que se mantiveram até ao fim para ver e ouvir a grande voz de
Lisa Kekula.
Mas a noite só terminou mais tarde com os
Homens da Luta que subiram ao palco por volta das 3h15.
Saiba mais sobre o Festival Optimus Alive no site da revista Blitz!
** Este artigo foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico **
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