A pelagem de um animal é o verdadeiro reflexo do equilíbrio alimentar e do seu estado de saúde: quaisquer deficiências ou excessos nutricionais terão, mais tarde ou mais cedo, consequências na aparência da pelagem.
Quantas vezes ouvimos as pessoas a comentar: “Pelo brilho da pelagem vê-se logo que é um cão saudável”, como resultado da sabedoria popular que faz o elo de ligação entre o estado geral de saúde do animal e o aspeto da sua pelagem.
A cor da pelagem é influenciada por diversos fatores genéticos, ambientais (temperatura, intensidade dos raios ultravioleta e humidade) e nutricionais (são vários os ingredientes que influenciam a cor da pelagem).
A cor do pelo deve-se a um pigmento, a melanina. Existem dois tipos de melanina: a eumelanina, cuja cor varia entre o preto e o castanho, e a feomelanina, cuja cor varia de amarelo a vermelho.
A síntese de melanina envolve diferentes nutrientes: a fenilalanina, a tirosina e a cisteína. A ingestão insuficiente de tirosina resulta na alteração da cor da pelagem. Por exemplo, os cães pretos adquirem reflexos vermelhos e os cães ruivos tornam-se mais claros.
A pelagem branca “pura”, característica do Bichon Maltês e do Bichon Frisé, por exemplo, resulta da ausência total de pigmentos no pelo. Em algumas raças, a pelagem aparentemente branca resulta não da ausência de pigmentos, mas sim da sua grande diluição. É o caso do West Highland White Terrier em que a pelagem pode apresentar uma tonalidade amarelada (essencialmente na zona posterior do dorso) devido a uma baixa diluição do pigmento no pelo. Perante um animal com uma pelagem de cor muito clara pode, pois, ser extremamente difícil determinar se se trata de um tom branco puro ou se os pelos possuem pigmentos de cor, mas em proporções muito diluídas.
A pelagem branca é uma pelagem única, determinada por fatores genéticos ou por características específicas da linhagem do animal.
Reputada pela sua sensibilidade aos agentes ambientais, a pelagem branca requer cuidados muito especiais. Fatores ambientais, como o calor, a humidade e os raios UV podem influenciar a cor do pelo. O aumento da temperatura e da humidade dá origem a um decréscimo da pureza e da luminosidade da pelagem branca.
Para limitar o aparecimento dos “pelos vermelhos” em redor da boca, dos olhos e das extremidades das patas, é importante lavar frequentemente os olhos lacrimejantes dos animais, o seu focinho após cada refeição, bem como as suas patas no regresso dos passeios.
A pelagem, maravilhosa mas simultaneamente delicada, requer ainda uma nutrição adaptada para preservar toda a beleza natural. A incorporação de aminoácidos direcionados para a construção e renovação do pelo, assim como de ácidos gordos ómega 6 (extraídos do óleo de borragem e das sementes de linho) e ómega 3 (extraídos do óleo de peixe) ajuda a intensificar o brilho da pelagem e a promover a saúde da pele.
Uma alimentação de boa qualidade ajuda, pois, a manter as qualidades naturais do pelo que são fruto da herança genética do animal.
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Departamento de Comunicação Royal Canin (Portugal)