O facto de um cão ingerir substâncias não comestíveis (lamber o chão, a parede e o limo do quintal, por exemplo) tem a designação de pica. Esta situação pode revelar um distúrbio comportamental. Trata-se de um comportamento geralmente esporádico, cujas causas ainda não são bem conhecidas. Sabe-se, no entanto, que se produzem maioritariamente em situações de jejum e que diminuem se o animal tiver acesso a uma alimentação seca. Não parece estar relacionado com qualquer tipo de carência nutricional, mas regridem quando a alimentação é rica em fibras.
Ao contrário do Homem, que é omnívoro, dotado de paladar, aprecia a variedade de alimentos e dá importância ao aspeto da refeição, o cão é um semi-carnívoro que não aprecia a variedade alimentar e é dotado de um olfato muito desenvolvido (sendo este o sentido que mais influencia a escolha do alimento).
É normal pensar que se faz bem quando se dá ao cão uma alimentação semelhante à nossa. Trata-se de um grande erro! O cão não é um ser humano e, por isso, não é aconselhável que coma “como os seus donos”.
O organismo do cão tem características muito diferentes das nossas: mandíbulas concebidas para cortar e não para mastigar, sem pré-digestão pela saliva, um tubo digestivo relativamente curto e uma flora intestinal estrita, que faz com que o cão se adapte mal a transições alimentares. Por este motivo, a alteração frequente do alimento não é apreciada pelo cão podendo ser a causa de perturbações digestivas e levar a que este recuse um novo alimento.
A alimentação caseira que fornece à sua cadela muito provavelmente não contém as proporções corretas dos vários nutrientes essenciais para a sua saúde e bem-estar. Se a alimentação não satisfazer as necessidades da sua cadela, poderão ocorrer carências nutricionais graves.
Os alimentos industriais de elevada qualidade são completos, equilibrados e contêm todos os nutrientes de que a sua cadela necessita. A qualidade das matérias-primas e o rigor do processo de fabrico permitem a comercialização de alimentos com grande digestibilidade e elevada precisão nutricional. São alimentos económicos, que não requerem qualquer preparação adicional e são de fácil doseamento. Além disso, são normalmente alimentos muito apetentes, pelo que o risco de inapetência é reduzido. No entanto, para limitar este risco ou seja a recusa do novo alimento, que por vezes pode acontecer, a transição alimentar deve ser feita de forma gradual. O alimento novo deve substituir pouco a pouco parte do alimento habitual, ao longo de 5 a 7 dias.
Na eventualidade de a sua cadela recusar o alimento Royal Canin, poderá proceder à adição de água morna que fará sobressair os aromas incentivando, assim, o interesse pelo alimento.
O espaço Nutrição-Saúde é para si. Pode enviar as suas dúvidas sobre a alimentação do seu gato ou do seu cão para nutricaosauderoyalcanin@gmail.com. Vamos procurar responder à sua questão.
Departamento de Comunicação Royal Canin (Portugal)