É uma das situações de alto risco para quem conduz e pode ceifar vidas em segundos. Os homens têm um risco duas vezes superior que as mulheres de adormecerem ao volante.
As conclusões são do inquérito ‘Wake-up Sleep Study’, realizado a 12.000 condutores de 19 países, e que contou com 1093 respostas de condutores portugueses. Entre os inquiridos nacionais, 23% referiram ter adormecido ao volante pelo menos uma vez nos últimos 2 anos e, destes, 8% reportaram ter tido um acidente de viação como consequência do adormecimento.
O estudo demonstra, ainda, que quem sofre de apneia obstrutiva do sono tem um risco três vezes maior de adormecer durante a condução. O perigo também é superior para quem percorre, habitualmente, longas distâncias de automóvel – mais de 20 mil quilómetros por ano.
O Wake-up Bus Sleep Study pretendeu calcular e comparar a prevalência de adormecimento ao volante em 19 países, descrever os acidentes causados e identificar os fatores associados a uma maior probabilidade de adormecer durante a condução. A análise estatística dos dados foi feita pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.
As conclusões do estudo basearam-se num inquérito online que esteve disponível entre 15 de julho e 6 de setembro de 2013, com o objetivo de recolher um conjunto de dados entre os condutores, nomeadamente a história recente de sono e de acidentes ao volante, bem como variáveis demográficas e clínicas, como o risco de apneia obstrutiva do sono.