‘Revenge porn’ (pornografia de vingança) é o termo que se aplica a casos em que ex-namorados ou maridos publicam fotografias de ex-companheiras de forma não autorizada, para as humilhar social e psicológicamente.
Um exemplo de site onde existe este ato de vingança é o ‘myex.com’ onde é possível encontrar fotos e vídeos de cariz sexual publicados pelos ex-companheiros, acompanhados de comentários insultuosos, nome e cidade onde vivem as vítimas, e que tem merecido a condenação generalizada por parte de quem se dedica a analisar os aspetos éticos do mundo online.
Apesar de ser mais comum encontrar mulheres nesse “tipo” de sites, também há imagens de homens e quando as vítimas solicitam ao site que apague as suas fotografias e vídeos, este pede-lhes dinheiro – o que se pode considerar uma forma de extorsão.
Países como o Reino Unidos, a Alemanha e Israel, bem como 23 estados dos EUA já têm leis contra este tipo de fenómeno, como informa o Diário de Notícias na sua edição online, mas os tentáculos da Internet fazem com que muitos sites fechados por esta razão reaparecem online com as mesmas intenções, pouco tempo mais tarde.
A Google está agora a tomar uma posição no sentido de combater este fenómeno e para isso criou um formulário em que as vítimas de ‘revenge porn’ podem pedir para remover os links das páginas de resultados do motor de busca. Não acaba com os sites onde esses conteúdos estão indevidamente alojados mas, sendo o motor de busca mais usado no mundo, reduz em muito o número de buscas.
Amit Singhal, vice-presidente de pesquisas da Google, assinou um manifesto que pode ser lido aqui, onde toma uma posição pelo gigante Google: “A nossa filosofia tem sido a de que [os motores de] busca devem refletir a totalidade da Internet. Mas as imagens de pornografia de vingança são intensamente pessoais e emocionalmente prejudiciais e servem apenas para degradar as vítimas – predominantemente mulheres. Por isso, vamos honrar os pedidos de pessoas para remover conteúdos explícitos e imagens de nudez, partilhadas sem o seu consentimento, do [resultados de busca] do Google Search.“
O formulário insere-se numa política anterior que já permitia pedir a remoção de informação sensível de utilizadores, como números de contas bancárias ou assinaturas.