Dentro do bom senso, há ocasiões em que se aplica um “que se dane“, um “temos pena“, um “perdido por um, perdido por mil“, um “é para a desgraça, é para a desgraça” um“remember the Alamo” ou simplesmente, em que se entra em modo “Avé Maria e avante“.
1- Quando se encontra “aquele” livro/vestido/peça de colecção/etc
Fazer aquisições “quando se pode e os bons negócios aparecem” não é o mesmo que cair em compras por impulso: é uma regra de smart shopping. Se por acaso se deparou com algo que costuma procurar e sabe que lhe dá sempre jeito, mais vale fazer o investimento agora do que andar à procura como uma barata tonta mais tarde – aí sim, fazendo compras apressadas e se calhar menos vantajosas.
2- Quando se apresenta uma ocasião única de “desatar o saco”
Ou seja, de dizer tudo o que tem entalado há imenso tempo a uma determinada pessoa – para o bem ou para o mal- mas faltou a ocasião, o momento ou a coragem. Está bem que a flecha disparada ou palavra dita não voltam atrás, mas as oportunidades perdidas também não. Se um discurso está “gravado” na mente a passar em loop e a atormentar a alma é porque se calhar o verbo precisa mesmo de ser solto. Além disso, engolir em seco provoca doenças ruins. Caso sinta “se não disser das boas e das bonitas, rebento” ou pior, “se não falar agora, vou ficar na dúvida se fiz bem o resto da vida” siga o impulso ou o instinto, e seja o que Deus quiser. Pior do que está não fica e no mínimo, é um alívio.
3- Na TPM
Esta é exclusiva das mulheres, mas convém que face a ela os homens presentes também apliquem o bom e velho encolher de ombros. Por mais que se diga que é mito, ela existe. O papel das hormonas no organismo ainda fará correr muita tinta, mas ficar mais gulosa, emocional ou sensível ou nesses dias é perfeitamente natural. É claro que o auto-domínio cabe em toda a parte, mas mais vale regalar-se com um sundae se o corpo pede ou desabafar se está mais capaz disso do que noutras alturas do que ficar com um humor pior ainda. Aplique-se a isso a regra “what happens in Vegas...”.