
santypan
O número de pessoas que morrem enquanto tiram selfies em locais perigosos está a aumentar.
Esta é a conclusão de um novo relatório citado pelo ‘Daily Mail’, que especifica que, em média, morreram 43 pessoas por ano desta forma nos últimos sete anos, sendo que os principais incidentes envolvem afogamentos e quedas.
Os investigadores sugerem que devem ser estabelecidas zonas nas quais é proibido tirar selfies em todo o mundo – aliás, a Índia já adotou a ideia, sendo que alguns locais populares entre os turistas já têm a restrição na sequência da ocorrência de várias fatalidades.
“As selfies em si não são prejudiciais, mas o comportamento humano que as acompanha é perigoso,” diz o Dr. Agam Bansal, coordenador do estudo, do India Institute of Medical Sciences.
A equipa conduziu uma das maiores investigações de sempre focadas neste tema, tendo analisado recortes de jornais de várias nações anglo-saxónicas em todo o mundo, anotando o género, idade e causa da morte de cada vítima. No total, foram registados 259 sinistros entre outubro de 2011 e novembro de 2017. Afogamentos (70), atropelamentos (51) e quedas (48) ocupam o topo da lista no que aos motivos diz respeito.
O estudo indica ainda que os homens têm uma maior probabilidade de morrer enquanto tiram selfies – 73% as vítimas são do sexo masculino – e que metade dos acidentes envolvem millenials, ou seja, pessoas com idades entre os 20 e os 29 anos.
No estudo publicado no Journal of Family Medicine and Primary Care, o grupo de investigadores reconhece que os autorretratos são uma forma imortante de expressão pessoal, mas sublinha que as mortes estão a aumentar exponencialmente.
“Apesar de o nosso estudo ter registado o maior número de mortes e incidentes relacionados com selfies até à data, esta é só a ponta do iceberg. Muitos dos casos não são relatados,” acrescenta o Dr. Bansal.