Se já substituiu os pensos higiénicos pelos tampões, como aconselhado por muitos especialistas, saiba que, agora, também pode optar pela sua versão orgânica. Mas afinal, será que vale a pena pagar mais por ela? Ou serão as diferenças mínimas?
De acordo com a ginecologista americana Alyssa Dweck, autora de The Complete A to Z for Your V, os tampões convencionais são muito diferentes dos orgânicos. Em primeiro lugar, porque estes últimos são feitos de algodão 100% orgânico, e os outros de não orgânico, misturado, por vezes, com raiom.
Os orgânicos são ainda branqueados com peróxido, enquanto que os convencionais com cloro (o que, por sua vez, gera dioxina, um poluente tóxico e carcinógénico, embora os seus níveis sejam controlados, e pode causar distúrbios hormonais).
Produtores de tampões orgânicos afirmam que os seus produtos estão livres de substâncias químicas que afetem as hormonas, bem como de outros materiais sintéticos eventualmente prejudiciais à saúde. Ainda assim, esta “área” ainda não foi devidamente estudada para que os benefícios possam ser tomados como garantidos e tão evidentes, ainda que haja vantagens claras, como a ausência de cheiro.
Por outro lado, os tampões convencionais são monitorizados pela FDA, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, pelo que, teoricamente, são seguros para a maioria das mulheres. E o risco de Síndrome do Choque Tóxico – causada por toxinas produzidas pela bactéria Straphylococcus aureus – pode dar-se quer com o uso de tampões orgâncios, quer convencionais.
“O risco está associado com a absorvência e longevidade do uso do tampão. Quanto mais absorvente o tampão for, e quanto mais tempo o deixarmos na vagina, maior o risco da SCT“, afirma Dweck, aconselhando que o uso do mesmo tampão não ultrapasse as 8 horas.