A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o novo coronavírus como uma pandemia no dia 11 de março. No dia seguinte, António Costa anunciava uma série de medidas de contenção para o combate ao COVID-19, incluindo encerrar escolas e discotecas, reduzir a lotação de vários espaços públicos a um terço e proibir os cruzeiros de largarem passageiros nas cidades.
Perante este cenário, é normal que a população procure mais informação sobre este tipo de ameaças. Se é o seu caso, a Netflix tem a sugestão perfeita: “Pandemic: como prevenir uma pandemia”.
Em seis episódios, esta série documental explora a disseminação de doenças virais ao longo da história e, embora não mencione especificamente o coronavírus, dá rostos aos oficiais de saúde pública, médicos e especialistas em influenza que estão na linha da frente do combate ao novo surto.
Além disso, tenta explicar, em termos acessíveis para todos, a origem dos surtos virais e como é que estes se espalham rapidamente por todo o mundo. Quando foi lançada, em janeiro passado, o coronavírus começava a alastrar-se por toda a China, e ainda não tinha chegado a outros países. Como todos sabemos, essa realidade mudou desde então — algo expectável para quem assistiu a “Pandemic”.
![](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/4/2020/03/AAAABf80tsEuY56qeyvIUSgvynXXZFgthmIUwxhwS2_qtttBm5woRMZQSkDJ0jLzYvVhDCTLNjjKxfuufarStvKuoS4qXHqw.jpg)
O primeiro episódio apresenta os telespectadores a médicos nos Estados Unidos e na Ásia que estão a trabalhar para encontrar uma cura universal para a gripe.
“De vez em quando, surge uma variante da grupe que representa uma ameaça existencial para nós enquanto espécie,” diz o Dr. Dennis Carroll, diretor da Unidade de Ameaças Emergentes da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional. Na altura, o especialista falava da Gripe Espanhola de 1918, que matou entre 50 a 100 milhões de pessoas. Agora, quase dois meses depois, esta afirmação parece aplicar-se também ao COVID-19. De acordo com a OMS, a nova estirpe do coronavírus já fez mais de 4600 vítimas mortais, e é provável que o número continue a aumentar, à medida que este se dispersa pelo globo.
Os restantes episódios focam-se no ameaçador vírus ébola, na importância de criar vacinas e na gripe comum. A última parte, que explica o que pode ser feito para combater a gripe, pode ser a mais útil para aqueles que querem evitar a propagação do coronavírus, visto que muitos dos métodos são semelhantes.
Já vimos e lemos isto em todo o lado, mas não custa reforçar: lembre-se de lavar as mãos, evite tocar no rosto, cubra o nariz e a boca quando tossir ou espirrar. Como a série da Netflix sublinha, essas pequenas coisas podem mesmo fazer a diferença no que diz respeito a prevenir surtos.