Uma das prioridades das famílias é educar mais e melhor os filhos. E, no que toca à educação financeira, a regra não deve ser exceção; aliás, deve começar desde cedo e em família.
E porque o mês de outubro representa o mês da poupança, porque não pensarmos como é importante estarmos familiarizados com conceitos tão importantes como o dinheiro, a poupança, o orçamento, o planeamento financeiro, etc? É fundamental que este tema seja verdadeiramente colocado em cima da mesa, para tentar incutir alguma responsabilidade nos mais pequenos.
A educação financeira deve, sem dúvida, fazer parte do dia-a-dia dos mais novos de uma forma muito divertida e original. E porque não através de jogos como o Monopólio ou o Jogo da Vida? É importante que, com a ajuda dos pais, se tornem adultos mais responsáveis no que toca às decisões financeiras e, no futuro, sejam mais conscientes e independentes financeiramente. Que se tornem crianças mais atentas a gastos desnecessários e que saibam gerir bem o seu dinheiro.
E porque a educação financeira deve ser pensada desde cedo, aqui ficam algumas dicas de valores importantes que as crianças devem ter em consideração:
1. Ser a criança a receber o troco numa compra que faça com os pais, por exemplo, nas compras do supermercado, ou num café, e explicar-lhe o que representa aquele troco. As crianças devem perceber que quando pagamos dinheiro a mais, recebemos um troco e aprender a contá-lo para ver se está certo.
2. É fundamental a participação e o incentivo na criança para ela chegar lá, ou seja, conseguir comprar o que quer com o dinheiro que juntou. Este esforço deve ser acarinhado pelo pais como uma conquista! As crianças gostam que lhes digam….”Parabéns conseguiste juntar o dinheiro para o teu objetivo” ou “Força falta pouco para conseguires comprar o que tanto queres”. Desta forma, estará a incentivá-la a criar um hábito e a tomar o gosto desde pequeno(a), o que vai ajudar muito ao longo da vida numa melhor gestão do dinheiro.
3. Deixe o seu filho usar, por exemplo, um pequeno valor que tem no mealheiro numa compra de algo que ele goste e explique porque é importante juntar e que só desta forma é que conseguimos comprar o que queremos. Não esquecer que deve voltar a juntar até perfazer o montante que gastou.
4. Estimule a criança a ajudar quando é preciso, por exemplo, nas tarefas da casa, como arrumar o seu quarto, explicando que poderá receber uma moeda pela ajuda e apoiar a criança nessa atitude, dando sempre o exemplo.
5. Boas práticas financeiras em família são sempre bem-vindas e são um incentivo para as crianças verem nos adultos e fazer igual.
6. É importante a criança perceber a diferença entre bem essencial e supérfluo, para não gastar dinheiro em coisas que verdadeiramente não precisa ou não são saudáveis. Explicar a diferença entre gastar por gastar e precisar de gastar.
7. As crianças devem ter um mealheiro, onde vão juntando o dinheiro que recebem da família e em ocasiões especiais, como o Natal e os aniversários. Devem perceber a importância desse mesmo mealheiro para a concretização de objetivos; objetivos esses que deverão ser elas mesmos a estabelecer.
Sempre que achar por bem e o valor justificar, abra uma conta poupança associada à sua conta à ordem, com a finalidade de amealhar dinheiro para a criança. Pode e deve envolver a criança em todo o processo, pois ela vai-se sentir importante e é essencial para poder compreender a importância e valor do dinheiro, bem como da poupança e num futuro fazer toda a diferença, quando for ela ou ele a gerir o seu próprio dinheiro.
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