Quem tem Netflix provavelmente já reparou que, no top dos conteúdos mais vistos, há uma série que tomou de assalto os primeiros lugares. Falo de Lupin, uma produção francesa que estrou no dia 8 de janeiro e que já é um verdadeiro caso de sucesso.
Mas o que leva uma série francesa a conquistar tantos fãs portugueses? É isso que vou tentar explicar!
Só tomei conhecimento desta produção um dia depois de ter chegado à conhecida plataforma de streaming. Estava à procura de algo para ver (sim, a percorrer listas e listas de conteúdo e sem ver nada que me chamasse realmente a atenção), quando vi a fotogradia de Omar Sy. Admito, saber que esta ator era o protagonista foi o que me fez arriscar.
Se em trabalhos anteriores Omar Sy já tinha dado provas de ser um grande ator (e de ter um sorriso lindíssimo), o mesmo fica bem presente nesta série. Em Lupin, interprete um génio do crime, ainda que tal não seja imediatamente evidente no primeiro episódio. Um papel cativante e muito bem interpretado. Isto, só por si, é um forte motivo para explicar o sucesso.
A forma como a ação desenvolve, os mistérios que deixam o espectador agarrado e a forma como as resoluções são apresentadas no final são factores muito satisfatórios. Estamos a falar de apenas cinco episódios, mas cada um tem um desafio próprio que se vai ligar a um plano geral. Isto faz com que se veja a primeira temporada rapidamente.
A inspiração desta narrativa está numa série de livros franceses que foram publicados no início do século XX. As aventuras de Arsène Lupin, personagem de ficção criada por Maurice Leblanc, são a base do protagonista desta trama, que reinventa os golpes do seu herói preferido numa série de situações que desafiam a imaginação. Mas que resultam e divertem quem está a assistir.
Lupin está a ser muito comparada a uma outra série que conquistou uma legião de fãs. Falo de Casa de Papel, produção espanhola que acompanha um grupo de assaltantes num golpe. Contudo, julgo que não é justo colocar ambas as séries lado a lado. É que Lupin apresenta a resolução para uma situação a cada episódio, ao mesmo tempo que vai acrescentando camadas de uma intriga maior. Além disso, as tramas e os objetivos das personagens são bem distintos. Não digo que uma é melhor do que a outra. Digo apenas que são diferentes. Une-as o facto de serem europeias e de impressionarem pelos esquemas inesperados.
Além disso, o facto de grande parte da história ter lugar em Paris acaba por também ser um fator atrativo. Pelo menos para mim, que, com saudades de viajar devido ao panorama atual, adorei ver locais que já percorri e me perdi em memórias. Além de ter ficado com uma enorme vontade de regressar.
A segunda temporada de Lupin está confirmada, o que traz grande satisfação a quem, como eu devorou os cinco episódios da primeira. Ainda não há data oficial para o lançamento dos próximos episódios, mas correm rumores de que tal poderá acontecer ainda este ano. As gravações já aconteceram e diz-se que ainda este verão poderá surgir a continuação. Eu cá espero com entusiasmo as próximas aventuras deste vigarista tão carismático.