
Hwang Dong-hyuk começou a escrever o guião de “Squid Game” em 2008 e terminou-o em 2009. Inicialmente idealizada como filme, a obra virou um verdadeiro fenómeno na Netflix, sob o formato de uma série com 9 episódios. Porém, nem sempre foi assim.
Na altura em que criou o conceito, Hwang ouviu muitos “não” e vários foram os que consideraram a obra demasiado violenta e até pouco comercial, como o próprio revelou, afirma a plataforma de streaming. Durante 10 anos, foi rejeitado por múltiplos estúdios.
Além disso, o criador passou por algumas dificuldades, tendo mesmo chegado a vender o computador portátil que tinha por 675 dólares – cerca de 585 euros – para ter dinheiro e conseguir continuar a escrever o guião, afirma o The Wall Street Journal.
“Depois de cerca de 12 anos, o mundo transformou-se num lugar onde estas histórias de sobrevivência, violentas e peculiares são bem aceites (…) Infelizmente, o mundo foi nessa direção. Os jogos da série em que os participantes enlouquecem alinham-se aos desejos das pessoas em ganhar o jackpot, com a criptomoeda, imóveis e ações. Muitas pessoas tiveram empatia com a história“, acrescentou, em conversa com o The Korea Times.
A série acompanha centenas de pessoas falidas que aceitam um convite peculiar e são fechadas num local secreto para jogar jogos infantis. O grande prémio é de 45,6 mil milhões de wons – mas o desfecho é fatal para aqueles que não conseguem terminar as partidas com sucesso. Entre outras dúvidas, muitos questionam qual será o motivo por trás desta iniciativa.
De acordo com a Vulture, “Squid Game” é, atualmente, a série da Netflix mais vista em, pelo menos, 90 países.