VALE DE ALAI
Quirguistão
Situado na Ásia Central, entre a China, o Cazaquistão e o Uzbequistão, o Quirguistão foi ponto de passagem da Rota da Seda e jóia dos impérios turco e mongol. Talvez por ter feito parte da União Soviética até 1991, ainda está um pouco fora do radar dos turistas – mas não dos viajantes, que há anos se deleitam com as suas paisagens de tirar o fôlego. Sugerimos-lhe o Vale de Alai, no sul, entre duas montanhas que lembrariam as paisagens suíças… não fossem as yurts dos nómadas montadas à beira do rio. Mas poderíamos sugerir também Sary Cheleck, a dez horas para sul da capital Bishkek, um paraíso de montanhas intercaladas com lagos e rios, que inclui uma Reserva da Bioesfera da UNESCO. Ou toda a região do grande lago Issyk-Kul. Neste país com tanto por descobrir, há possibilidades de viagens para todos os gostos: desde trilhos de trekking mais radicais pelas montanhas até a programas culturais para conviver com uma das últimas populações nómadas do mundo.
ZHANGJIAJIE
China
Se viu os Avatar e ficou em êxtase com aquelas colunas de pedra cobertas de vegetação que aparecem nos filmes, saiba que elas existem, e pode ir vê-las de perto, no Parque Florestal Zhangjiajie. Integrado na região cénica de Wulingyuan (Património da Humanidade), na província chinesa de Hunan, toda a área é um deslumbramento. Além das mais de três mil colunas, algumas com mais de 200 metros de altura, que se elevam da floresta, toda a região está cheia de maravilhas naturais e do engenho humano: a montanha Tianmen, rodeada de passadiços suspensos; cavernas e grutas milenares; uma ponte de vidro (a mais alta do mundo) sobre um dos canyons mais bonitos do planeta; um lago onde se pode passear de barco e inúmeros caminhos pelas montanhas e junto aos rios para uma imersão total numa natureza luxuriante. E há também muito para descobrir a nível cultural, como a antiga cidade Tusi Yongshun Laosicheng, considerada o Machu Pichu chinês, e um templo da dinastia Ming restaurado.
HOI AN
Vietname
Quando se fala do Vietname, pensa-se logo em sítios como Hanoi, a capital do país, ou a baía de Ha Long. E com razão, porque são locais onde vale a pena ir. Mas se procura um sítio especial, Hoi An é o seu destino. Antiga cidade portuária situada ao centro da costa do país, é uma caixinha de surpresas coloridas e luminosas, onde todas as épocas que atravessou na sua história estão presentes através de edifícios de traça chinesa, colonial francesa e japonesa. Só andar a passear pelas ruas e canais, a absorver as cores dos barcos, das casas, das buganvílias e das famosas lanternas de seda típicas da cidade, já é um regalo. Mas há muito para ver, na cidade e redondezas, e até belas praias ali ao lado. A comida é maravilhosa e há um mercado de perder a cabeça. E vai adorar o célebre Festival das Lanternas, que acontece no 1.º e 14.º dias do calendário lunar, quando se apagam todas as luzes da cidade e se acendem apenas as lanternas de todas as cores e as luzes dos barcos no rio: é magia pura.
PATAGÓNIA
Chile
Se há um destino mítico no mundo, é este, imortalizado pelo escritor chileno Luis Sepúlveda no livro ‘Patagónia Express’. O seu nome evoca um fim de mundo inalcançável, já com um pé na Antártida. E uma paisagem tão desafiadora como deslumbrante, da qual os Cuernos del Paine são o expoente máximo. Estes picos graníticos que se esticam para o céu por mais de 2 mil metros, estão situados no Parque Nacional de Torres del Paine, na zona sul da Patagónia chilena, e a melhor forma de os apreciar é caminhando, através dos circuitos de trekking pré-definidos, de um dia ou vários, e de vários graus de dificuldade. Em todos eles, a cada passo o cenário é incrível, com vales, rios, glaciares, formações rochosas imponentes, pampas, lagos espelhados, desfiladeiros… e, com sorte, um puma ou um guanaco (lama). O parque, que é paisagem protegida e foi designado Reserva da Bioesfera pela UNESCO, está muito bem organizado, com refúgios de apoio, hotéis e zonas para acampar.