Foto Pexels/Chiara S.

Há quem faça tudo como de costume e quem ponha mãos à obra de ‘remodelar’ as tradições. Talvez seja boa ideia aproveitar a época para refletir naquilo que de facto é importante para nós. Portanto, neste Natal…

MANTENHA O RITUAL DOS PRESENTES PARA TODA A GENTE Se quiser, obviamente. Claro que é mais prático dizer logo ‘ai este ano só dou presentes às crianças e pronto’. Mas onde é que fica o seu espírito natalício? Com um bocadinho de criatividade, se calhar até há muito que se pode oferecer.
Compre aos amigos que têm blogs de artesanato. Frequente as feiras do livro que já há por todo o lado com livros a preços muito baixos, por exemplo. Dê bolinhos embrulhados em papel brilhante, sementes para plantar, bijutaria, caixas de chás, especiarias, um caderno e uma esferográfica para ela começar o seu primeiro diário, enfim, puxe pela imaginação e ofereça… a sua criatividade.
Afinal, como diziam as nossas avós, e que no Natal é mais importante do que nunca, o que conta é mesmo a intenção. Enfim, para algumas pessoas.

SEJA HONESTA
Se optar por uma redução de orçamento, tem de clarificar as coisas previamente com os outros membros da família. Faça uma reunião familiar prévia ou alguns telefonemas a explicar que este ano não há presentes caros, senão arrisca-se a que a sua sogra lhe ofereça uma camisola de caxemira enquanto você responde com um bolo de banana…
E se a sua sogra quiser continuar a oferecer-lhe uma camisola de caxemira? Que bom, é sinal de que pode. Mas não se sinta na obrigação de retribuir da mesma maneira, se não puder

ESCOLHA A DEDO
Então e depois eu chego lá e recebo uma camisola de caxemira, com que lata é que vou oferecer um bolo de banana? O segredo aqui é ser o mais pessoal e original possível: se ela gosta de jardinagem ofereça-lhe uma planta bonita, se gosta de animais ofereça-lhe um peixinho num aquário, se gosta de ler, tente oferecer-lhe um livro do seu autor preferido autografado (enfim, se o autor preferido dela não for o Eça de Queirós, caso em que terá de se esforçar bastante mais). Se ela vir que você pensou mesmo nela, ficará muito mais contente do que com uma fria camisola de caxemira de volta.
Se a família é mesmo snobe e insistir nos presentes caros, ofereça qualquer coisa chamativa mas não muito cara. Às vezes, tudo depende do fogo de artifício.

OPTE PELO ‘AMIGO SECRETO’
Quem tiver uma daquelas famílias quilométricas que arruínam qualquer orçamento pode combinar um esquema de ‘amigo secreto’. Sorteia-se com antecedência, conforme quem vai estar na festa, e cada pessoa só dá um presente a uma outra pessoa e/ou criança. Requer alguma organização prévia, mas pelo menos é a garantia de que toda a gente recebe pelo menos um presente de jeito em vez de quatro bolos de banana e três caixas de bolachinhas.

HABITUE AS CRIANÇAS A PENSAR… AO CONTRÁRIO
Não lhes vamos tirar a alegria de receber. Mas vamos juntar outra: a de darem aos outros. Habitue as crianças a fazerem cartões de natal para toda a família. Numa época em que muitos avós não vão receber nada senão esses cartões, não os esqueça e não os ‘despache’ com uma fotografia das crianças (por amor de Deus, embora eles digam que adorem já lá têm 8827464837 fotografias das crianças, ao menos que seja uma fotografia das crianças com o dito avô ou avó) e habitue os mais novos a puxarem pela cabeça para inventarem um presentinho para darem aos avós e tios.

Seja generosa e habitue-os também a serem generosos. Pensar num texto com 10 razões por que eles gostam dos avós é um presente muito mais significativo do que passar-lhes friamente para as mãos um lenço para oferecerem. Pode oferecer ainda uma moldura decorada por eles, uma t-shirt (ou umas boxers…) pintadas ou com dizeres (é verdade que tem de comprar as canetas especiais, mas depois pode capitalizar em presentes para toda a família).

NÃO TENHA MEDO DE OS ‘TRAUMATIZAR’
Para as crianças, o natal pode continuar a ser divertido mesmo com menos presentes. Muitas vezes, quem sofre com a ideia de lhes dar menos somos nós. Quem não quer admitir que não tem dinheiro somos nós. Eles, se lhes disserem que este ano só vão ter um presente, habituam-se. Até porque de certeza que vão receber mais ofertas de avós e tios. Se o tempo que ia passar nas lojas, em busca de presentes, passar com eles a jogar à bola no parque, num passeio, ou a conversar sem interrupções, pode ter a certeza de que ficarão com muito melhores recordações deste Natal.

OFEREÇA-SE A SI PRÓPRIA
Se não for dotada para os bolos de banana, há sempre qualquer coisa que se pode dar: ofereça-se a si própria. É o presente mais difícil. ‘Oferecemo-nos’ normalmente ao marido e filhos, mas quantas de nós estão dispostas a passear a tia Amélia que não para de falar e cheira a velhinho? Por isso, ofereça ‘cheques de tempo’: uma tarde com a tia Joana, um dia às compras com a sua sobrinha mais velha, um passeio com a prima Júlia. Depois cumpra…

CAPRICHE NAS DECORAÇÕES
Tal como nos presentes, nunca subestime o poder dos ‘embrulhos’: do papel pintado, das bolas, das luzes, das velas. Faça uma árvore cheia de cor. Pendure luzes onde puder.
Peça às crianças que façam desenhos e pendure-os pela casa. Pegue num prato antigo, num aquário em desuso, numa tigela de vidro que já não use, pergunte à sua mãe ou sogra se não lhe emprestam uma taça antiga, encha de velas, pedras e flores secas (cuidado para não pegar fogo aos arranjos), acenda-as mesmo quando estiver sozinha, e dê luz ao seu natal. E sabia que podia fazer uma lindíssima vela com… uma laranja? Enfim, contra sa depressões, marchar marchar.

VISTA-SE A PRECEITO
Pode parecer um pormenor, mas vestir-se bem mostra que a ocasião é importante para nós. Pois se calhar o bebé vai bolsar, o cão vai saltar-nos para cima, o avô Zé não vai dar por nada, e a tarte de amora, como costumam fazer todas as tartes de amora, vai escolher precisamente o seu vestido preferido para espalhar algumas amoras. Mas é só uma vez por ano. Torne-o numa ocasião especial. Vista-se para o baile, mesmo que não haja baile. Vista-se de Mãe Natal, mesmo que os presentes venham todos da loja dos trezentos.
E divirta-se.

CELEBRE A FAMÍLIA
Se é religiosa, vá à igreja. Reze, cante e volte mais leve. Se não é religiosa, aproveite essa raridade atual que é um dia para estar com a família. Celebrar a família não é só uma frase feita: quer dizer, faça com que não seja só uma frase feita. Celebre mesmo a família. Leve as crianças ao cinema. Leve-as a pisar as folhas.
Aproveite para estar de alma e coração com as pessoas de quem gosta, os tios velhos, os primos que nunca vemos, a avó chata. Peça a cada um que traga comida e converse com eles em vez de passar o tempo na cozinha. Mais do que filhoses e 45 doces diferentes, as pessoas precisam de ouvidos e conversa olhos nos olhos.

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