Os dados mais recentes dão a entender que fazer swipe em dating apps já não é uma tendência entre os que procuram o amor – ou uma situação mais casual.
O Match Group, empresa que detém o Tinder, admite que no ano passado teve uma queda de 8% nos utilizadores que pagam pelo serviço premium. O número de downloads destas aplicações também tem vindo a diminuir, uma tendência que parece contrariar as previsões de que estamos cada vez mais dependentes da tecnologia para criar relações.
Uma análise encomendada pelo Match Group verificou que a Geração Z, corresponde aos nascidos a partir de 1995 até aproximadamente 2010, não se sente tão pressionada a encontrar o amor como as gerações anteriores, além de que prefere “formas mais autênticas de estabelecer ligação”. Isto faz com que possíveis novos utilizadores das aplicações se recusem a usá-las.
Qual a experiência de quem usa dating apps hoje?
Um estudo feito este ano pelo Pew Research Center permitiu conhecer como é atualmente percepcionada a experiência dos utilizadores de dating apps. Uma análise comparativa com 2019 revela que não houve alterações no número de pessoas que assumiram usar dating apps em 2024, com os homens a mostrarem-se mais adeptos destes meios do que as mulheres (34% vs. 27%) e a comunidade LGBT+ a aderir mais do que os heterossexuais (51% vs. 28%).
O Tinder continua a ser a app mais usada por quem assume usar estes meios para conhecer outras pessoas (46%), sendo que 44% afirma fazê-lo com o objectivo de estabelecer uma relação estável enquanto 40% admita que o faz para encontros casuais. Contudo, 56% das mulheres inquiridas afirmou já ter recebido conteúdo sexual explícito não solicitado, 43% disseram que continuaram a ser contactadas por pessoas a quem disseram não estarem interessadas e 37% revelam que foram ofendidas verbalmente.