A Casa Para Sempre fica na Villa Josephine, aldeia de Melo, em Gouveia, e foi nela que o escritor Vergílio Ferreira passou a infância. Para melhor dar a conhecer o escritor, a Câmara de Gouveia comprou à sobrinha do escritor a casa que pertenceu aos pais de Vergílio Ferreira, e depois de algumas obras de reabilitação a Casa Para Sempre foi inaugurada.
O nome foi inspirado na casa amarela do romance ‘Para sempre’ e ‘Cartas a Sandra’ e a sua missão será, naturalmente, divulgar os livros de Vergílio Ferreira, mas também a sua aldeia, tradições e costumes. A Casa Para Sempre terá uma componente de museu que aproximará o escritor dos visitantes e incluirá ainda uma residência artística, que ocupará um dos andares.
A editora Quetzal doou uma coleção completa das nossas edições de Vergílio Ferreira à Biblioteca Municipal de Gouveia, que ficará a gerir a Casa Para Sempre.
Escritor e professor, Vergílio Ferreira nasceu em 1916. Frequentou seis anos de seminário no Fundão (a base para o famoso ‘Manhã sumersa’) e depois entrou na Faculdade de Letras de Universidade de Coimbra, licenciando-se em Filologia Clássica em 1940, quando já tinha publicado o seu primeiro romance, ‘O caminho fica longe’.Foi professor em Coimbra, Faro, Bragança e finalmente Lisboa, onde deu aulas por longos anos no Liceu Camões.
Os seus livros mais famosos continuam a ser ‘Para sempre’, ‘Aparição’, e ‘Em nome da Terra’ entre muitos outros. Foi-lhe atribuído o Prémio Camões em 1992.