
‘Las mujeres ya no lloran’ valeu a Shakira o melhor álbum pop latino, que dedicou à comunidade imigrante, principal visada pelas políticas da nova administração norte-americana. “Quero dedicar este prémio a todos os meus irmãos e irmãs imigrantes deste país. Vocês são amados, vocês valem a pena e eu lutarei sempre convosco e com todas as mulheres que trabalham arduamente todos os dias para fazer avançar as suas famílias”, disse a cantora na 67.ª edição dos prémios, realizada na Crypto.com Arena, Los Angeles, uma cerimónia marcada pela tomada de posse de Donald Trump como presidente e aos incêndios devastadores na Califórnia.

Alicia Keys, que recebeu o Grammy de Impacto Global, não deixou passar em branco ordem executiva de Trump sobre o reconhecimento de apenas dois géneros, masculino e feminino. “Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) não é uma ameaça, mas uma dádiva”, disse a cantora no seu discurso de aceitação.

Mas a ‘rainha’ da noite foi Beyoncé, que ganhou finalmente o Grammy para o álbum do ano com ‘Cowboy Carter’. Há muitos anos que esperava o que é o considerado o galardão máximo dos prémios mais importantes da indústria da música. Há 26 anos que uma mulher negra não ganhava tal reconhecimento com um álbum country, a última havia sido Lauryn Hill, em 1999. Beyoncé contava com 11 nomeações, num total recordista de 99 ao longo da carreira.
Já Kendrick Lamar, foi o artista com o maior número de prémios. Recebeu 5 distinções com a canção ‘Not Like Us’, entre elas Gravação do Ano e Canção do Ano.