No meu caso, é duplamente bom porque cai bem em peles claras e cabelos acobreados. Ainda hoje me lamento por ter deixado escapar, há uns anos, um bolero de veludo nesse tom exacto, que parecia saído, tal e qual, de um livro de Tolkien. Era a minha cara mas hesitei a bem da sensatez e…too late. O verde esmeralda não é exactamente novidade – tem espreitado aqui e ali em temporadas anteriores, a par com o amarelo (que foi, para mim, a introdução mais interessante do ano passado em termos de cor e vai continuar a aparecer) do púrpura, do burgundy (like,like,like) e das novas experiências com o look noir.
Casas e designers como Sportsmax, Vera Wang (que aplicou o verde em deliciosos vestidos debruados a dourado) Valentino, Gucci, Michael Kors e Kenzo apresentaram esta cor nas suas colecções de Verão.
Veremos de que forma vai aparecer nas lojas, mas não me importarei de adicionar uns quantos itens ao meu acervo pessoal, já que é uma cor que uso sempre – e que nunca parece datada, mesmo quando não está “oficialmente na moda”. Até ver, as minhas aquisições do momento são uns botins compensados, com cano pelo tornozelo e realmente altos, a que não resisti, e umas botas longas do mesmo género, que têm apontamentos em verde. Confesso que não procurava esta cor específica, mas foram amores à primeira vista. Depois, ao dar uma volta no meu armário, reparei em mais coisas, das quais destaco:
– Outros botins em pele, de plataforma mais baixinha, comprados no ano passado…que parecem mesmo de um duende. Achei-lhes muita graça e são um conforto…logo, vou tirar maior partido deles.
– Quatro vestidos ainda sem uso: um sheath dress de seda verde esmeralda com pequenas “pinceladas” turquesa e um vestido de renda preta, espessa, com fundo de seda e um laçarote, ambosvintage; um vestido tubo sem alças no verde esmeralda mais puro que há (adoro vestidos de cor única) e outro, de manga comprida, em cetim com padrão florido, oriental, sobre fundo esmeralda vivo.
Ter gostos clássicos dá jeito – as probabilidades de comprar coisas que de um momento para o outro se tornam “tendência” é consideravelmente maior do que investindo em cores ou formas espampanantes. E a de adquirir peças que têm maior longevidade (mesmo que fiquem guardadas, ou que se venham a usar de maneira muito diversa do que tínhamos imaginado inicialmente) também. Assim, estou servida de verde esmeralda e só vou apostar em mais se de facto, aparecer uma peça que me encante. E as meninas? Vão lançar-se “em busca da esmeralda perdida” ou já encontraram algo lá em casa nesse tom precioso?
Autoria: Imperatriz Sissi