Karl Lagerfeld referia no convite enviado aos fãs de Chanel, «Arte» e o «espetáculo» e não desiludiu, num evento onde a Arte foi, de facto, a protagonista, quer nas roupas apresentadas na passerelle, quer nas peças expostas.
O Grand Palais foi decorado com os símbolos da Casa francesa: uma versão robótica da embalagem do Chanel No. 5, as famosas pérolas e ainda pinturas e esculturas, 75 delas criadas por Lagerfeld.
O encontro entre arte e moda também se refletiu na coleção de Chanel para a primavera/verão de 2014. O director criativo manifestou toda a sua criatividade em conjuntos que misturavam estampados de pinceladas com cores vivas. Ao som de «Picasso Baby» de de Jay-Z, desfillaram todos os processos de arte, num jogo de colagem e desconstrução.
Os icónicos tweeds surgiram reinventados numa nova força: o rosa, cor que ganhou destaque nos desfile. Mesmo em peças de silhuetas clássicas, a maison mostra uma vontade moderna e refletida. O resultado é um mix de texturas que fundem materiais modernos e clássicos.
As referências desportivas não ficaram de fora e vieram dar um ar mais fresco e descontraído à coleção. Foram apresentados conjuntos de calças em couro leve e bem solto, usadas com camisolas de malha amarradas na cintura e nos ombros.
Os acessórios também foram influenciados por esta tendência e por um toque colegial. Basta olhar para o colar que faz lembrar headphones, com duas pérolas gigantes nas pontas. Os clássicos scarpins subiram até os joelhos através das meias. As já habituais clutch Lego deram o toque divertido e irreverente.