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É inegável que as portuguesas se envaideceram no bom sentido e cada vez vemos pessoas mais bonitas nas ruas. É certo que sempre houve senhoras elegantes, que se vêem jovens com grande sentido de estilo e que temos algumas fashionistas de respeito entre bloggers, figuras públicas e profissionais de moda. Mas no geral, como povo, creio que ainda há um longo caminho a percorrer, e isso não está necessariamente ligado a questões económicas. Como em tudo na vida, a culpa é dos detalhes.
1- Muita manicure, muito cabeleireiro…
…essas parecem-me ser a maior preocupação das nossas meninas e senhoras em termos de imagem, o que em teoria é bom: afinal, uma senhora conhece-se pelas mãos. Mas há quem exagere e prescinda de coisas mais importantes só porque não dispensa as unhas de gel e o brushing feito no salão. O reverso da medalha é que ainda se vai abusando dos escadeados, das extensões, de cortes "pontilhados" que lembram os anos 90, das madeixas exageradas, dos acajous, do cabelo demasiado "feito"…e pior. Há muito quem traga o cabelo algo sujo só porque não pôde passar na cabeleireira e não vive se ele não estiver esticadinho. Por muito caro que tenha sido o trabalho do "stylist" não há factor chic que resista à acumulação de produtos, especialmente se o look for pouco natural para começo de conversa. Há que aprender com as francesas, conhecidas pelas suas cores simples e ricas que iluminam o rosto e pelos cortes limpos, naturais, que não pesam nem precisam de muito trabalho. Quanto às unhas, é inútil fingir que fantasias, cores estranhas, bolinhas, bonequinhos ou um gel demasiado espesso, artificial, dêem bom ar a alguém. As italianas e as chilenas têm o hábito de só as pintar em ocasiões especiais, o que me lembra sempre a velha tradição "uma verdadeira senhora não se pinta, ou pinta-se muito pouco". Quanto mais clássicas as cores, mais dispendioso parecerá o visual.
2- Pouco dermatologista e…nenhuma (ou má) maquilhagem.
As americanas e as coreanas têm com o dermatologista a mesma obsessão que as portuguesas têm com o cabeleireiro e as brasileiras com o cirurgião plástico. O que é um bom hábito: nem todos os problemas se resolvem com cuidados superficiais e uma pele sem manchas, pura e luminosa, é meio caminho andado para um aspecto realmente impecável. Sendo Portugal um país de sol, mais importante seria esse cuidado (paradoxalmente, o protector solar também não é um fenómeno de popularidade) .Vejo muitas portuguesas bem arranjadas, bem penteadas, mas com pele "de camponesas". Quanto à maquilhagem, embora o exagero das espanholas não seja recomendável, ainda se nota muita falta de informação: espalhar um eyeliner mal feito (ou pior, azul claro) sobre uma cara de sono, sem um bocadinho de BB cream, de corrector ou de bâton não é uma rotina de beleza que se veja: é um disparate. Sem uma pele bonita e algum cuidado, é muito difícil ter um aspecto polido. Principalmente se isso acompanhar com unhas às bolinhas. O que me leva a concluir que as portuguesas são exímias a mandar fazer unhas ou penteados, mas preguiçosas ou trapalhonas no que toca ao "do it yourself".
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