«Qualquer mulher com mais de 25 anos, quando escolhe roupa, deve perguntar a si mesma: “uma miúda de 15 anos usaria isto?”. Se a resposta é sim, pense bem antes de comprar.» – Flic Everett, jornalista
Certo, as mulheres cada vez se mantêm mais jovens por mais tempo (vide Elle McPherson, 50 anos e frescura de 20), cada vez assentam mais tarde e têm filhos mais tarde. Hoje em dia só quem é muito desfavorecida pela natureza ou muito descuidada é que se pode queixar – não creiam no contrário, há muitas preguiçosas que o dizem mas isso deve ser recusado como tentação do Inimigo.
Os 30 são os novos 20, os 40 são os novos 30, mas… 15 anos são 15 anos e não voltam, nem convém que voltem.
Não é que não se deva adoptar um visual pesado entre os 25 e os 30 e poucos – de todo. Pode-se sim parecer jovem, elegante, fresca e sexy q.b. Há opções de styling modestas e sensatas que permitem usar um bocadinho de tudo, consoante a silhueta de cada uma. Mas cair na patranha “não deixe que a idade a impeça de usar o que bem lhe apetece” é crer numa mentira piedosa que não favorece a beleza *nem a decência* de ninguém. Não se trata de “matronizar” o visual, mas de lhe fazer o devido upgrade e evitar o ridículo, que nunca é atraente.
Há coisas disparatadas que numa menina da escola se desculpam ou até têm graça, principalmente se estivermos a falar de uma adolescente magricelas (porque há meninas rechonchudas que nessa idade já parecem fazer questão de vestir tudo quanto lhes fica mal…) mas que são imperdoáveis numa mulher feita, principalmente se ela tiver um tipo muito feminino, com ancas e busto vincados. Se for magra e atlética, estilo Cameron Diaz, mas tiver sido desleixada com o sol e apresentar algumas marcas na pele…outro tanto!
As bainhas e calções devem sim descer um pouco – desde que vão cair sempre numa das zonas mais elegantes das pernas. Mini saias tipo cinto largo ficam ridículas em quem seja maior de idade e não tenha ar de Pipi das Meias Altas. Os crop tops têm de ser coordenados de forma muito sofisticada-se a remetem para as Spice Girls, esqueça.
Os penteados “radicais”, estilo punk-que-nunca-cresceu, com “picos” e madeixas às cores, precisam de ser aligeirados. Os bonequinhos devem ser circunscritos a t-shirts de bom ar para usar com jeans e desaparecer de carteiras, casacos e acessórios. Os tops demasiado reduzidos, com alcinhas fininhas…bom, não foram feitos para quem precisa de usar soutien, por isso é bom que que se limitem ao uso privado, independentemente da idade. Sapatões…convém que sejam substituídos por saltos largos ou plataformas um pouco mais clássicas e a roupa de aspecto desportivo e ténis deverá passar a ter um aspecto discreto, o mais cool possível. Jeans com lavagens estranhas passam a exigir ainda mais cuidado tanto na qualidade como nas combinações.
Evitem-se as silhuetas e padrões infantis (vestidos estilo império ou babydoll com padrões a lembrar Ruiz de La Prada, por exemplo) os tecidos duvidosos (musselina falsa numa colegial, passa, mas numa mulher a caminho de um casamento ou festa é o terror) tolices como o P.U. (já vai sendo tempo de investir em pequenos luxos) e street wear demasiado óbvio. Se algo lhe faz lembrar o Justin Bieber, deixe-o para a sua irmã mais nova (e mesmo assim cuidado, digo eu!).
O que se pretende não é envelhecer o look, mas torná-lo elegante, de aspecto mais dispendioso, depurado e responsável. Afinal, as roupas da Barbie nunca serviram na Skipper e vice-versa, certo?
(E cá entre nós, nunca morri de amores pela Skipper…)