O site Who What Wear publicou uma pequena lista que encerra uma grande verdade: há certas peças que mais vale comprar em quantidade quando se apanham à venda (e nos saldos). Ou como eu digo sempre, “compre quando há e pode, nunca em cima da hora…porque nessas alturas nunca há nada de jeito à venda“.
Determinados artigos – como casacos, vestidos de noite, fatos, peças em pele, saias ou mesmo camisas – exigem bastante ponderação e não se renovam com tanta frequência.
Depois, existem os outros que é boa ideia comprar “por atacado”.
É que apesar de quase todos caírem na categoria dos básicos (ou seja, peças que se podem usar e usar, que dão com tudo o que se tem no armário, sem as quais não se passa, são a “cola” que liga o resto do guarda roupa e feitas de bons materiais, de modo a durarem muito tempo) nem sempre estão disponíveis.
Primeiro, o modelo pode ser descontinuado (algumas marcas de confiança repetem moldes que adoramos de estação para estação, apenas para deixarem de o fazer inexplicavelmente quando já nos habituámos a ele) segundo, os bons básicos às vezesfaltam nas colecções sem qualquer motivo razoável; e terceiro, lá porque todas as lojas vendem “vestidinhos pretos” ou “t-shirts brancas” não quer dizer que os façam com o design e tecido que nos cai melhor.
É aborrecido ver que o top preferido, aquele que procuramos sempre, está a ficar bom para limpar o pó…e não ter substituto à altura.
Para evitar tal maçada, aqui fica uma versão alargada da lista de “ai-Jesus” do guarda roupa a comprar em quantidade sempre que possível e mal o modelo perfeito apareça:
1- As t-shirts ideais
T-shirts em pack, H&M |
Parece favas contadas, mas achar a t-shirt perfeita não é assim tão simples.
A melhores são 100% algodão consistente mas macio, longas o suficiente para não encolherem (o que também as torna mais versáteis para diferentes alturas de cintura, podendo ser usadas por dentro ou por fora sem nunca exporem os rins quando uma pessoa se baixa), com mangas realmente curtinhas e largas (nada de costuras a oprimir o braço) e com algum decote, redondo ou em V (evitem-se as muito fechadas, que lembram os modelos de criança e “engordam”).
Isto em branco, preto e azul escuro (também poderá gostar de uma cinzenta). Um bom sortido delas poupa muitas correrias. Sou uma grande fã das da H&M, vendidas em packs – até ver continuam à venda e esperemos que isso não mude.
Nota: o mesmo vale para os tank tops pretos de alças.
2- Tops de manga comprida ou 3/4
Top H&M |
Em preto e um ou outro branco, com ou sem botões, mais uns quantos às riscas. Estes últimos podem ficar bonitas com um pouco menos de decote, bem à francesa. Para escolher os melhores, aplica-se rigorosamente tudo o que foi dito acerca das t-shirts. Zara (sobretudo para os modelos de breton stripes) Pull & Bear, H&M e Stradivarius são boas pistas para encher o cestinho deste básico que salva mil toilettes. Quem gosta de bodies, pode inclui-los nesta categoria. Muitas vezes somem-se das lojas e depois o que é que uma pessoa faz para usar um top sem desfraldar?
3- Sua Majestade, o “Top de sair” por excelência (com mangas e um decote amplo)
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Top com decote Bardot, na ASOS |
Idem, mas na versão noite. Em simples algodão preto, seda ou num tecido mais elaborado. Se escolher um liso, combina com saias de fantasia, calças de pele, statement trousers, saias lápis em materiais luxuosos, saias e calças de veludo…
Basicamente, um “top maravilhástico” permite inventar mil outfits sem pensar muito, quando se quer dar protagonismo à parte de baixo e ainda mostrar um bonito colo, um look sempre favorecedor para qualquer mulher. Se encontrar o seu “top maravilhástico”, traga uns quantos consigo, porque podem ser como o amor da sua vida: uma vez sumido, não há outro à altura.
4- “Aqueles” jeans
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Jeans de cintura alta, Zara |
Os jeans são peças sui generis actualmente: as marcas especializadas, bem como as de luxo, fazem denim- investimento que molda inacreditavelmente a figura e dura imenso, mas as lojas acessíveis evoluíram muito: quem tem olho e paciência de Job para experimentar encontra facilmente na Zara, H&M ou Primark pares extra macios em modelos actuais (mas não necessariamente efémeros) e favorecedores, com lavagens lindas.
Logo, os seus jeans perfeitos podem estar em qualquer parte. Se vê que comprou uns que não consegue largar, de um modelo clássico, que a fazem sentir-se fabulosa não importa o coordenado que faça, a solução é reservar alguns recursos para os saldos e trazer mais exemplares consigo. Poderá não lhes dar logo uso, mas quando os primeiros começarem a dar de si vai saber-lhe muito bem ter outros no armário, em vez de os substituir a correr pagando a totalidade do preço. Ou pior, pagar o preço de mercado por umas calças que não chegam aos calcanhares das outras.