Há três anos, esta mãe solteira de Nottingham, Inglaterra, preocupava-se com a solidão. A carreira de modelo surgiu de forma inesperada, como uma segunda oportunidade para aproveitar a vida. Agora, aos 56 anos, deslumbra o mundo da moda com a sua beleza intemporal.
O meu trabalho como modelo surgiu... Inesperadamente – um dia estava na fila do banco com as minhas filhas gémeas e uma senhora convidou-me para fazer um trabalho para uma linha de produtos para cabelos grisalhos. As miúdas, que estavam prestes a ir para a universidade, acharam a ideia fantástica e aconselharam-me a fazê-lo, portanto fui em frente.
Quando soube que consegui o trabalho… não cabia em mim de contente! Tive dois bebés de 3kg ao mesmo tempo, portanto tenho estrias e alguma flacidez. Sou apenas uma mulher normal que veste o 44 e sei que estas coisas não acontecem todos os dias. A campanha teve imenso sucesso e esse trabalho levou a outros, até que uma agência em Londres se ofereceu para me representar. Desde então tenho estado bastante ocupada.
Tornei-me modelo na altura certa… porque me preocupava imenso com a síndrome de ninho vazio e antecipava a possibilidade de passar um mau bocado. Esta nova carreira chegou, abracei-a e cá estamos!
É mais fácil começar como modelo aos 50 porque… somos mais confiantes e temos consciência daquilo que nos é exigido. Também conseguimos desfrutar mais porque quem sabe quanto tempo vamos durar? Sinto-me muito sortuda por estar a fazer isto na minha idade.
A campanha #SwimSexy mostrou ao mundo que… uma mulher mais velha pode aparecer na ‘Sports Illustrated’ e isso é um avanço para as modelos maduras que em conjunto com as modelos ‘plus-size’ não são representadas o suficiente nestas grandes campanhas.
A primeira vez que usei um biquíni foi… para a campanha #SwimSexy. Nunca sonhei vestir um biquíni com a minha idade, mas rezei para fazer boa figura. Pensei ‘as coisas são o que são. Este é o aspeto de um corpo aos 56 anos, veste-o e que se lixe. Não tenho nada a provar, vamos chocar o mundo!’.
Acho que as mulheres gostaram… da atitude refrescante porque somos todas diferentes e nenhuma de nós é perfeita. Por isso é que é arrebatador. As pessoas dizem-me que se sentem inspiradas.
Estou grata por… saber aproveitar a idade que tenho neste momento. Não olho para trás, penso apenas no hoje e no amanhã. Não sou nova nem velha, tenho simplesmente 56 anos. Sou feliz agora com as coisas como são e acho que essa é uma atitude saudável. Não faz sentido querer voltar atrás.
Quando se referiram a mim como a mulher mais velha a aparecer na ‘Sports Illustrated’, pensei... ‘velha?!’ Depois, quando pesquisei sobre a revista, apercebi-me de que eles só aceitam jovens lindíssimas, e dessa perspetiva talvez seja bastante velha (risos).
No futuro adorava… ser capa da edição de fatos de banho da ‘Sports Illustrated’ já em 2017, com os meus gloriosos 57 anos. Espero representar as mulheres maduras, de cabelo grisalho, em grandes campanhas dos 56 para a frente.