Os Storytailors foram os primeiros a apresentar as suas propostas para o próximo outono/inverno, rompendo as convenções quiseram criar uma coleção gender fluid, que pode ser usada tanto por homens como por mulheres. Na coleção “111” nada é estático, as peças são reversíveis, conjugáveis entre si, com fechos que permitem, por exemplo, combinar a metade de um casaco com outro diferente. O branco, o vermelho, o dourado e prateado dominam a paleta de cores de uma coleção repleta de mensagens.
Alexandra Moura revisitou a infância e a adolescência na coleção ‘I AM’ . As memórias de filmes como o Blade Runer, E.T. e Encontros imediatos de 3º Grau e a melancolia e poesia do espírito underground de bandas de rock britânico como Jesus and Mary Chain, The Smiths e My Bloody Valentine, deram origem a padrões como o tartan. Há assimetrias nas roupas e uma relação entre peças oversized e peças ajustadas, que cria um jogo de opostos na silhueta. Nos materiais, o tule delicado, a lycra e o cetim estampados combinam com o jacquard, o algodão e a lã, estabelecendo uma ponte entre o clássico e ocontemporâneo.
Susana Bettencourt chegou para mostrar as propostas para o próximo inverno, onde não faltam, claro, as suas malhas tricotadas, que são a sua imagem de marca. Desta vez combinou as malhas com bombazine brilhante. Os volumes são criados com fitas de malhas e franzidos, enquanto o brilho dúbio do chenil combina com jacquards de padrões fortes.
A criadora revisitou a infância para criar os seus padrões únicos, com referência a símbolos de jogos de pinball.
Pedro Pedro apresentou “Le Bureau”, uma coleção que sai do registo mais sportswear, mais habitual no criador, e propõe antes peças mais formais. Com o apoio do Portugal Fashion Pedro Pedro fez parte da Milano Moda Donna e agora apresentou em Lisboa as suas propostas para o inverno, com formas mais clássicas, perfeitas para usar num ambiente de escritório, sem cair na monotonia.
Pedro Pedro desconstruiu as peças mais formais e acrescentou o seu twist cool. O resultado são camisas oversized com riscas, jogos de camadas, gabardines e saias de malha. As cores e padrões variam entre o camel, o preto e branco, o azul, o laranja e o verde.
A dupla Alves/Gonçalves criou o novo feminino e o novo luxo. O olhar subtil sobre o vestuário de desporto (motar e mergulho) resultou em coletes com fechos que se sobrepõe a peças metalizadas. Como já é habitual a dupla fez desfilar conjugações improváveis, misturou as cores vibrantes em néon, plissados e rendas.c Para o próximo inverno tudo é permitido, desde as botas over the knee em rosa néon, um gorro amarelo e a romantismo dos vestidos de renda.
Depois de Milão, onde apresentou com o apoio do Portugal Fashion na Milano Moda Donna, Carlos Gil fez desfilar no Novo Terminal de Cruzeiros a coleção “Vinte e Quatro Horas”. Ao som de I.O.U o criador levou-nos até ao imaginário disco sound dos anos 70-80, numa coleção que nos faz sonhar com o inverno. Não faltaram padrões com riscas e jogos de cores. As “Vinte e Quatro Horas” da mulher de Carlos Gil são tudo menos mónotonas, há casacos cor de laranja com punhos de pelo rosa, camisas metalizadas ou blusões com lantejoulas. Peças que nos despertam os sentidos e que unem o melhor dos dois mundos: o glamour e o conforto, a fórmula mágica de Carlos Gil.
Para finalizar o primeiro dia, TM Collection by Teresa Martins apresenta “Forest path – A journey within…”, uma coleção que que reafirma a aposta da marca em tecidos naturais de cores fortes com impressões, texturas e bordados.
A festa da moda portuguesa não fica por aqui. O 42.º Portugal Fashion prossegue, de 22 a 24 de março, no Parque da Cidade do Porto, onde será criada uma verdadeira cidade da moda.