Pharell William renova o design da icónica mala “Speedy”
O desafio de Pharrell Williams à Louis Vuitton era simples: renovar uma mala icónica e transformá-la num objeto de desejo. Em dezembro são lançados três novos tons da peça, mas a aposta parece ganha.
Tudo começou a 20 de junho de 2023, na Pont-Neuf que atravessa o Sena, em Paris, onde Pharrell Williams fez a sua estreia como diretor criativo masculino da casa francesa Louis Vuitton. O homem que é também considerado um dos melhores cantores e produtores dos últimos tempos lançou-se no mundo do design com propostas para a primavera/verão 2024 que não esqueceram o antecessor, o designer Virgil Abloh. Nesse dia, o cantor de Happy enfrentou muitos desafios. Por exemplo, teve de representar a essência requintada da marca para a qual estava a tomar as rédeas na esfera masculina, satisfazer todas as expectativas e ainda ser ousado e dar algo novo. E conseguiu.
Entre as novidades que acompanharam a coleção do artista estava um acessório que combinava história, elegância e estatuto, a icónica mala Speedy. Pharrell Williams conseguiu dar-lhe um aspeto renovado sem perder a sua essência. Para isso, manteve as linhas trapezoidais clássicas, mas, visualmente, deu-lhe uma reviravolta. Para a ocasião, e em nove dimensões, o que fez foi apresentá-la em diferentes cores muito vivas sobre pele de bezerro de grão mais flexível e natural, sobre a qual está impresso o famoso Monogram serigrafado, mas com um aspeto artesanal que parece esbatido, quase pintado à mão. E embora seja um sucesso para a estação primavera/verão 2024, os clientes exclusivos poderão adquirir os modelos vermelho, verde e amarelo a partir de dezembro.
Esta Speedy renovada, que se inspira na atitude e na mentalidade movimentada da Canal Street, em Lower Manhattan, Nova Iorque, já faz parte exclusiva do guarda-roupa de muitas celebridades como o basquetebolista LeBron James. No entanto, foi Rihanna a primeira a usá-la, já que, diante das objetivas dos fotógrafos Keizō Kitajima e Martine Syms, protagonizou a campanha publicitária da primeira campanha de Pharrell Williams para a Louis Vuitton, que foi lançada ao mesmo tempo que o desfile de moda parisiense.
Originalmente denominada Express, em reconhecimento da paixão pela velocidade e pelos automóveis da época, a Speedy foi concebida por Gaston-Louis Vuitton (neto de Louis Vuitton) em 1930 como o acessório perfeito para viajar. Em 1950, a mala foi apresentada com uma tela monogram flexível e tornou-se um objeto de desejo obrigatório e urbano. No entanto, o seu estatuto icónico deve-se a Audrey Hepburn. Em 1965, a atriz belga, protagonista de Breakfast at Tiffany’s, pediu a Henry-Louis Vuitton um modelo mais pequeno que se adaptasse à sua figura pequena. Assim nasceu a Speedy 25, um acessório que se tornou um ícone internacional e um best-seller da marca.
A visão renovada de Pharrell Williams
Agora, com Pharrell Williams, nasce uma nova era para a Speedy. Para o designer o objetivo era claro: “A Speedy foi sempre um saco de lona para homem, até que fizeram uma versão mais pequena para Audrey Hepburn em 1965. Quis pegar em algo que considerava unissexo e torná-lo num grande saco para as pessoas. É um ícone quotidiano concebido para todas as esferas da vida. É inspirada na Canal Street, em Nova Iorque. Tenho andado a dar voltas à cabeça. Quero chegar a um nível e fazer barulho. As cores primárias são o ponto de partida. Depois vemos que o saco está enrugado e flácido e percebemos logo que não é uma Speedy normal. Não é de lona. É couro macio como manteiga”, explica o diretor criativo da Louis Vuitton.
Pharell William renova o design da icónica mala “Speedy”
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