
Atualmente, temos plena consciência de que os recursos naturais oferecidos pelo planeta Terra são finitos e, por isso mesmo, devem ser explorados de uma forma sustentável. Em Portugal, são várias as mulheres que renovam diariamente este compromisso com o Planeta, trabalhando para salvaguardar a biodiversidade. Hoje, destacamos quatro ambientalistas portuguesas que tem mesmo de conhecer:

Ana Pêgo
Quando era pequena, teve a sorte de morar mesmo ao lado da praia e de ali passar grande parte do tempo, não apenas a dar mergulhos, mas a explorar poças de maré, fazer caminhadas ou procurar fósseis.
À medida que foi crescendo, o interesse e a curiosidade pelo mar nunca a abandonaram. Estudou Biologia Marinha e Pescas na Universidade do Algarve e, após terminar o curso, trabalhou alguns anos em investigação, sempre ligada aos oceanos: primeiro, na área das Pescas, na Universidade do Algarve; mais tarde, como Técnica de Laboratório no Laboratório Marítimo da Guia (MARE/FCUL), em Cascais.
Nos últimos anos tem-se dedicado sobretudo a projetos de educação ambiental, onde combina a ciência com a arte, com o objetivo de dar a conhecer a vida dos mares e sensibilizar as pessoas para a conservação dos oceanos, nomeadamente para o problema dos resíduos de plástico. Foi neste contexto que criou o projeto Plasticus Maritimus, que é também uma página de Facebook, onde vai dando conta das suas descobertas.

Alexandra Cunha
Nasceu em Lourenço Marques (hoje Maputo), em 1962. É licenciada em Biologia pela Universidade de Aveiro, mestre em Gestão Costeira pela Universidade do Algarve e doutorada em “Forestry and Wildlife” pela Universidade de Auburn, nos Estados Unidos da América.
A sua paixão pelo mar, e atividade em conservação da natureza em geral, teve início na adolescência, quando ainda estudante do liceu de Portimão, e manteve-se até ao presente, impulsionando a sua carreira profissional e de ambientalista.
Coordenou projetos de conservação marinha, deu aulas na Universidade do Algarve e fez investigação no Centro de Ciências do Mar. Para além disso, apresentou várias comunicações em congressos nacionais e internacionais, elaborando inúmeros artigos científicos e de divulgação.
A viver no Reino Unido, desenvolve a sua investigação no Joint Nature Conservation Committee, um comité público consultor do governo britânico na área da conservação da natureza.

Joana Guerra Tadeu
Nasceu em Lisboa, cresceu em Santarém e é ativista ambiental e de todas as causas sociais. Formada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, foi jornalista, consultora de gestão numa Big 4 e bancária, antes de se tornar uma das cofundadoras da primeira rede e loja online portuguesa de curadoria sustentável, A MONTRA / THE WINDOW.
Trabalha como consultora para o empreendedorismo e a gestão da mudança em projetos com objetivos ecológicos. Dedica-se a divulgar um estilo de vida consciente e a produção ética, bem como a promover o que de mais bonito e significativo se faz em Portugal: artesãos, ativistas e outros empreendedores com projetos felizes, justos e sustentáveis.
É também a autora do blog e do canal de YouTube ‘A Minimalista’, que pretende mostrar as causas que lhe são próximas: “um estilo de vida minimalista, sustentável e sempre, sempre, muito feliz”.
Como criadora de conteúdos na área da ecologia e do impacto social, é acompanhada por uma comunidade de milhares de ambientalistas imperfeitos nas redes sociais, dispostos a fazer mais e melhor pelo planeta e pelas pessoas.

Helena Antónia Silva
É fundadora da plataforma colaborativa Vintage for a Cause, que oferece coleções limitadas e exclusivas, criadas a partir de excedentes têxteis e desperdícios, ampliando o trabalho desenvolvido por jovens designers.
O compromisso com a sustentabilidade é manifestado de várias formas como, por exemplo, a utilização de um packing inócuo nas suas encomendas; a promoção da reparação e do tratamento das peças, numa lógica de longevidade; e a transparência, revelando quem faz as peças e como é calculado o preço.
O projeto conta ainda com uma componente social, ao apostar numa rede de costureiras seniores. Ou seja, num público socialmente vulnerável, especialmente mulheres com mais de 50 anos, através da capacitação e inclusão em programas de moda.
Desde o inicio do projeto, em 2012, a marca que promove a moda circular já contribuiu para uma poupança de cerca de 1000 kg de desperdício têxtil, três milhões litros de água e sete mil kg de dióxido de carbono.