Muito antes do relacionamento com Harry e de mostrar posicionamentos claros dentro da família real britânica, Meghan já era uma mulher de causas, sendo que a do feminismo lhe é particularmente próxima. A duquesa de Sussex apoia e participa ativamente na luta das mulheres pela igualdade de género desde muito cedo e, graças à carreira de atriz, conquistou espaço e uma plataforma para levar as suas ideias a um público mais vasto.
Com isto em mente, reunimos alguns momentos marcantes em que a norte-americana se posicionou feminista.
Sexismo na TV
Em 1993, quando tinha apenas 11 anos, a ex-atriz americana ficou frustrada com um anúncio televisivo no qual a Procter & Gamble dizia que “As mulheres em toda a América estão a lutar contra panelas e frigideiras gordurosas”. Por conseguinte, escreveu uma carta e enviou-a para a sede da multicional, para a então primeira-dama dos Estados Unidos, Hillary Clinton, e para a pivô do canal Nick News Linda Ellerbee, que não resistiu a entrevistar a criança.
“Não acho que seja certo para as crianças crescerem com este tipo de coisas; a pensarem que só a mãe faz tudo”, disse Meghan durante a entrevista. “Pensei como é que alguém podia dizer aquilo. Um em cada três anúncios diz algo que vai magoar os sentimentos de alguém”.
Na carta, Meghan pedia que o slogan fosse alterado para “As pessoas em toda a América estão a lutar contra panelas e frigideiras gordurosas”. E assim foi. Dias mais tarde, o anúncio foi novamente transmitido, já com a correção.
Votos de casamento
Quando trocou alianças com o príncipe Harry, a 19 de maio de 2018, Meghan teve uma iniciativa inédita numa cerimónia de casamento da realeza britânica. Sem poder contar com a presença do pai no grande dia, a norte-americana foi aconselhada a deixar que Carlos a acompanhasse até ao altar. Porém, decidiu fazer metade do percurso sozinha, transmitindo uma mensagem de independência, até que o futuro sogro surgisse para lhe dar o braço. Além disso, pediu que retirassem dos votos de casamento o trecho em que a noiva promete obediência ao marido.
Discurso na Royal Foundation
Em fevereiro de 2018, a ex-atriz participou num compromisso da Royal Foundation e usou o seu tempo de discurso para se posicionar como feminista, enaltecendo movimentos como o Time’s Up e Me Too, que denunciam casos de assédio sexual e moral contra mulheres em Hollywood.
“É interessante que quando se fala de empoderamento feminino, diz-se que é preciso ajudar as mulheres a encontrarem a sua voz. No entanto, eu não acho que as mulheres precisem de encontrar a sua voz. Elas já têm voz e precisam de sentir-se empoderadas para usá-la”, sublinhou.
Sem surpresas, na altura, as declarações tiveram uma grande repercussão na imprensa.
Educação dos filhos
Durante a primeira gravidez, antes de saber qual era o sexo do bebé, Meghan já falava na vontade de educar os filhos com noções de igualdade de género.
“Vi um documentário sobre feminismo na Netflix e alguém disse ‘eu sinto o embrião do feminismo’. Eu adorei isso. Então, seja o que for, menino ou menina, esperamos que seja o caso com o nosso feijãozinho”, disse, num evento para assinalar o Dia da Mulher de 2019.
Noutra ocasião, em agosto do mesmo ano, elogiou a postura de Harry, salientando a importância de o príncipe ser um pai que defende direitos iguais para todos e como é importante para um menino ouvir isso do pai, e não só da mãe.
“Que belo exemplo que ele tem ao crescer com um pai que se sente tão à vontade com isso como parte da própria identidade”, disse, durante uma entrevista concedida a Gloria Steinem . “Ele vê que não há vergonha em ser alguém que defende os direitos humanos fundamentais para todos, o que, claro, inclui as mulheres”.