
Formada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, conta no currículo com inúmeras exposições, em Portugal e no estrangeiro. Neste momento está com uma mostra individual na Galeria Trindade no Porto e em meados de Março inaugura individualmente na sala de exposições Oficinas de Formação e Animação do Município de Aljustrel, podendo ser visitada até finais de Abril. Raquel Gralheiro participará também em mostras coletivas por ocasião do Dia da Mulher, na exposição ‘Imperfeita 1.3’, no Coletivo 284 , e ‘A arte no feminino’”, no Atmosfera M,, ambos os espaços em Lisboa. Em Outubro estará representada na London Stuart Art.
- Quem é a Raquel? Sou uma mulher portuguesa que desde criança dizia que queria ser pintora e que vocacionou a sua vida para cumprir esse sonho. Além disso gosto de passear pelo mundo, de pintar, brincar e rir.
- Que linhas caracterizam o seu trabalho? As cores puras, as figuras femininas, a natureza e ainda a temática pop. Penso que a maior influência é a Pop Arte.
- Diz que a sua obra é mais poética do que filosófica, porquê? Vamos ver se consigo explicar por palavras essa afirmação. A verdade é que quando eu digo que a minha pintura é mais poética do que filosófica é porque a sinto assim… Ela flui como uma poesia… as cores ‘rimam’ e a figura dialoga com espontaneidade com o fundo. Nunca fiz poesia, mas penso que o processo criativo de um poeta tem muitos pontos em comum com o métier de um pintor. A tela é o local de liberdade onde tudo pode acontecer, o espaço físico onde a história que vou contar será o resultado da criatividade do pintor e da imaginação do fruidor.
- O que torna o seu trabalho “alegre e otimista”… Encara assim também a sua vida pessoal? O meu trabalho é o reflexo do que eu sou. E, sim, quem me conhece diz que sou uma pessoa alegre e otimista; sendo assim, significa que a minha pintura está em sintonia comigo! Pintar, para mim, é uma extensão do pensamento, do sentir. É materializar a emoção.
- O que a inspira? Inspiro-me no quotidiano e sempre na natureza! Acho impressionante as cores das flores, dos pássaros, das árvores, do mar…Inspiro-me também no canto dos passarinhos! Inspiro-me na luz do sol. O mundo é cheio de cor; basta estar atendo e observar.
- Pintores que a influenciam… David Hockney, David Hockney, David Hockney, e também Amadeu de Souza-Cardoso, Yayoi Kusama, Andy Warhol, Gerhard Richter, Sigmar Polke, entre outros.
- Um museu a que volta sempre… Visito muito o Museu Rainha Sofia, em Madrid, pela proximidade e pelas belíssimas exposições de arte contemporânea que apresenta sempre, mas o museu que mais gostei de visitar foi o MoMA, em Nova Iorque. Se um dia voltar a NY, com certeza irei lá de novo.
- Uma mulher inspiradora… A mulher que mais me inspira é a minha mãe. Além dela, as minhas avós e Frida Kahlo também me inspiram muito.
- Ensinar, o que acrescenta à sua vida? Sinto-me uma privilegiada em conviver e aprender com as gerações mais novas. É um grande ensinamento diário. Ensinar é estimulante, mas também muito cansativo, retira-me muita energia. Dou aulas no ensino básico público a adolescentes entre os 12 e os 14 anos, idades difíceis.
- Um outro talento escondido… Essa pergunta faz-me rir! Quem me conhece bem diz que sou muito teatral e expressiva, que sou uma boa contadora de histórias.