Apesar de as mulheres saberem que as cólicas menstruais podem ser extremamente dolorosas – quase como se alguém estivesse a esmurrar-nos repetidamente na barriga de dentro para fora – explicar isto a outras pessoas parece ser uma causa perdida. Contudo, a ciência está do nosso lado.
A dismenorreia, o termo técnico para as dores dores decorrentes da menstruação, pode causar dores que são “quase tão más como ter um ataque cardíaco”, afirmou John Guillebaud, professor de Saúde Reprodutiva na Universidade College London, em Inglaterra, ao site Quartz. “Os homens não percebem, e o assunto não tem tido a atenção que merece. Eu acredito que é algo que deve ser tratado, como qualquer outra coisa em medicina”.
Estudos sobre a população americana, publicados na mesma altura, apontam para uma discrepância preocupante entre a seriedade com que a dor das mulheres é levada, geralmente pelos médicos, comparativamente à dos homens. Eles esperam, em média, 49 minutos antes de serem tratados para as dores abdominais, enquanto elas, com os mesmos sintomas, aguardam cerca de 65 minutos.
De acordo com a entidade American Academy of Family Physicians, uma em cada cinco mulheres sofre com cólicas menstruais e existem dois tipos de dismenorreia: a primária e a secundária. A primária é a mais comum, sendo que não há nenhuma condição subjacente que afete o útero. A secundária é causada por uma condição subjacente como, por exemplo, a endometriose, miomas ou doença inflamatória pélvica.
Se tem dores menstruais muito fortes e que a impedem de completar simples tarefas diárias, procure uma profissional de saúde, especialmente se isto coincidir com sangramento entre as menstruações, fluxo menstrual intenso, dores durante o sexo ou problemas gastrointestinais.