Em conversa com a Parents, Wendy Talley, psicoterapeuta de casais, procurou desconstruir um grande mito que envolve a sexualidade no pós-parto. Falamos do facto de a maternidade mudar o nosso corpo, a forma como o vemos e, consequentemente, como acreditamos que o nosso parceiro os vê, afetando a vida íntima.
Porém, apesar de ser verdade que muito muda durante e após uma gravidez, a verdade é que nem tudo é um bicho de sete cabeças. Para o exemplificar, a especialista recorda um caso real:
“Uma vez, contactei com um casal na casa dos 30 ano, que eram casados há menos de um ano quando tiveram o primeiro filho. A mulher sentia que, nos seis meses após o nascimento do bebé, o casamento tinha piorado. Ela preocupava-se que o marido já não a desejasse. Além disso, estava a ter dificuldades em perder o peso da gravidez e não se sentia atraente. Mas quando falámos, o marido dela disse que não sabia de onde ela tinha tirado tal ideia. Disse que não costumava iniciar o sexo porque estava frequentemente cansado, mas a mulher leu isto como um sinal de que o corpo dela era um ‘turnoff’ para ele e também não iniciava. Portanto, ficaram ‘presos’. Aquilo de que precisavam era comunicação e menos suposições, que podem matar a vida sexual“.
Ora, a especialista afirma ainda que, nesta fase – tal como noutras – é importante falar acerca dos desejos, fantasias, bem como dos medos. É importante que diga ao seu parceiro como se sente, inclusive em relação ao seu corpo. Além disto, mesmo que não mantenham relações sexuais com a mesma frequência, Talley aconselha a que não deixem de lado os beijos, as massagens, o toque, já que são também ótimas formas de intimidade.