O aumento da libido sempre foi um dos sintomas associados à ovulação. Afinal de contas, a lógica diz-nos que, se a intenção é procriar, temos de ter relações sexuais na “altura ideal”. E os nossos corpos são extremamente inteligentes, não é verdade? Pois bem, um recente estudo vem colocar tudo isto em causa e provar que o desejo sexual implica muitos mais fatores do que o simples facto de estarmos a ovular.
Foram acompanhados consistentemente, durante 11 meses, os ciclos de mais de 60 mulheres saudáveis, não fumadoras e em idade fértil. O resultado? Durante o período fértil, não houve pico de libido em nenhum dos ciclos. Segundo a educadora sexual Patrícia Lemos, que citou o estudo na página @circuloperfeito_, esta descoberta vem provar alguns pontos:
“• afinal não somos fêmeas com cio?
• então se não nascemos para ter sexo procriativo apenas, pode ser recreativo? ter sexo só por diversão?
• sendo assim a libido é mesmo uma coisa complexa que resulta da nossa interação com a envolvente, saúde, segurança e bem-estar?
• isto explica porque é que as pessoas apaixonadas nunca se queixam de falta de libido?
• teremos de reinventar o sexo, o que quer dizer e que significa dentro das relações que criámos e aceitámos socialmente?“
Poderá ler o estudo completo aqui.