Uma equipa de cientistas da University College London (UCL) descobriu, através de um estudo, que as mulheres que mantinham atividades sexuais – desde sexo oral a masturbação – todas as semanas tinham menos probabilidades de vir a sofrer de menopausa precoce. Esta redução, dizem, é de cerca de 28%, uma percentagem algo significativa. Se, em vez de uma ou mais vezes por semana, a atividade sexual se resumisse a uma vez por mês, o risco diminuía apenas 19%.
Os profissionais analisaram a atividade sexual de 2936 mulheres durante um período de dois anos e acreditam que os resultados tenham uma explicação bastante plausível. “Os resultados do nosso estudo sugerem que se uma mulher não tem sexo e não há chances de engravidar, o corpo ‘escolhe’ não investir na ovulação, já que não faria a diferença“, refere, de acordo com o Independent, uma das autoras da investigação, Megan Arnot.
“Poderá existir uma ‘troca’ entre investir energia na ovulação e investir noutro lado qualquer, como manter-nos ativos para cuidar dos netos“, acrescenta. Resumindo, se não mantemos uma atividade sexual regular – uma vez por semana, no mínimo -, o mais certo é que o nosso organismo “assuma” que não vamos engravidar e prefira “focar-se” em qualquer outra parte do nosso corpo, aumentando as chances de a mulher desenvolver menopausa precoce.
Uma outra autora, a professora Ruth Mace, conclui: “A menopausa é, claro, uma inevitabilidade para as mulheres e não há intervenção comportamental que previna a cessação da reprodução. Ainda assim, estes resultados são uma indicação inicial de que o ‘timing’ da menopausa pode ser adaptável, consoante as probabilidades de engravidar“.