O impacto de um diagnóstico de infertilidade e da indicação médica para a realização de um tratamento que poderá ou não surtir efeito é muito significativo no bem-estar psicológico de mulheres e homens. A descoberta de dificuldades em ter um filho constitui-se, na maioria das vezes, como uma situação inesperada que gera ansiedade e stress, quer a nível individual, quer na dinâmica do casal.
A Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) vai oferecer uma primeira consulta de apoio psicológico aos associados com a situação de quotas regularizada. A sessão vai decorrer online e será feita pela psicóloga e coordenadora da rede de apoio psicológico da APFertilidade, Ana Galhardo. Após esta consulta inicial de avaliação, o associado é encaminhado para um psicólogo da rede para continuar a ser acompanhado, se assim o entender.
A APFertilidade acredita que a iniciativa vai “garantir que os associados tenham apoio com psicólogos especializados na área da fertilidade e consigam gerir melhor as suas emoções, no sentido da sua jornada, independentemente do momento em que se encontra, não seja tão solitária e dolorosa”, refere Cláudia Vieira, presidente da APFertilidade.
Do ponto de vista psicológico, a mente não influencia um diagnóstico ou o resultado de um tratamento de infertilidade, mas tem um peso no significado que a mulher e/ou o homem lhe atribui e o modo como lida com o seu caso e com os diferentes momentos e exigências de um tratamento médico.
As consultas de psicologia devem fazer parte do processo de tratamento. Neste contexto, a APFertilidade desenvolveu uma rede de Apoio Psicológico presente em várias regiões do País e formada por profissionais que se focam nas dificuldades relacionadas com a infertilidade, tendo participado nos workshops de Psicologia focados nesta doença organizados pela especialista Ana Galhardo. Os associados beneficiam de condições especiais no acesso às consultas, conforme os protocolos estabelecidos com os psicólogos.