O café está nas bocas do mundo (literalmente). A bebida levanta, desde sempre, discussões acerca dos benefícios que pode trazer à saúde. Prova disso são dois estudos de 2019 que deram muito que falar. O primeiro defende que tomar até 25 chávenas diárias de café não prejudica em nada a saúde do coração. Já o segundo menciona uma potencial correlação entre o café e a queima de gordura.
Um trabalho publicado na revista científica “American Journal of Clinical Nutrition” analisou o consumo de café de mais de 8500 participantes. Eles foram distribuídos por três grupos: os que ingeriam uma chávena por dia; os que não passavam de três; e os que bebiam entre três a 25 (duas pessoas relataram consumir essa quantidade) diariamente. O resultado? A ingestão do café não altera em quase nada a rigidez arterial do organismo — uma condição relacionada com pressão alta, AVC e doenças cardíacas.
É claro que, por ser uma análise relativamente recente, ainda são necessárias outras conclusões. Alguns investigadores até criticaram o fato de o artigo concentrar-se em apenas uma característica da saúde cardíaca, e não em como a cafeína afeta exatamente o órgão.
O segundo estudo alegrou aqueles que querem diminuir as medidas. Publicado no “Scientific Reports”, diz que a bebida consegue estimular as reservas de gordura castanha, responsáveis pela queima de calorias e produção de calor. Contudo, é importante ter atenção às quantidades, visto que elas podem afetar outras partes do corpo.
“Neste o momento, a tendência é considerar que o consumo moderado da bebida seja inócuo sobre o risco de problemas cardiovasculares. Não há desvantagens em beber até quatro chávenas pequenas (de 50ml) por dia. Mas quantidades excessivas podem, sim, prejudicar os rins devido à presença de oxalato”, explica a nutricionista Bianca Naves à revista “Boa Forma”.
Isto para não falar no facto de o café também influenciar o desenvolvimento de gastrite, uma vez que pode enfraquecer a mucosa que reveste o estômago, aumentar a sua vulnerabilidade a bactérias e causar irritação.