
Esta investigação acompanhou sete mil adolescentes com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos. Os jovens foram pesados, depois avaliavam o seu próprio peso numa escala que variava entre o ‘magro de mais’ e ‘gordo de mais’, e finalmente respondiam a uma série de perguntas que incidiam sobre a sua qualidade de vida.
Apesar de só 18% dos adolescentes terem excesso de peso, 55% das raparigas e 36% dos rapazes achavam-se ‘muito gordos’, mostrando assim, como os jovens têm uma ideia distorcida da realidade relativamente ao seu corpo, algo que é comum a quem sofre de distúrbios alimentares, revelam os cientistas.
Outra das conclusões foi que os adolescentes, especialmente as do sexo feminino, abdicam da sua qualidade de vida quando sentem que são ‘muito gordos’. As raparigas obesas têm graves problemas de auto-estima mas a qualidade de vida familiar é boa enquanto as que se acham gordas não só têm uma auto-estima muito baixa como a vida familiar é afectada.
Para os responsáveis desta investigação as campanhas de combate aos distúrbios alimentares têm de ser pensadas em conjunto com as de prevenção de obesidade.