Por isso desista de…
… Controlar tudo. É a maneira mais certa de falhar. Não vale a pena desgastar-se com o que não pode mudar. Desista também de mudar os outros, sobretudo as pessoas mais próximas de si. Afinal, se o namorado, marido, companheiro não é suficientemente bom, por que é que ainda está com ele? E acha mesmo que os seus pais vão mudar de personalidade a esta altura do campeonato? Relaxe, deixe fluir mais e controle menos. Render-se ao inevitável pode ser extremamente libertador.
… Tentar ser perfeita . Já é. Tentar corresponder a expectativas alheias de uma qualquer perfeição é meio caminho andado para o divã do psiquiatra. Também não vale a pena querer ficar igual à Gisele Bündchen. Se anda a tentar perder dois quilos há três anos, numa batalha épica com a balança que lhe deixa os nervos em franja, o mais sensato pode ser mesmo desistir da balança.
… Tentar chegar a tempo. Apenas quando é manifestamente impossível chegar a tempo, claro. Se já está atrasada 40 minutos, será que vale a pena correr como o Obikwelu, partir um salto, lascar três unhas e atropelar dois velhinhos só para chegar dez minutos ‘menos’ atrasada? Mais vale chegar assumidamente tarde. Para a próxima saia mais cedo.
… Preocupar-se. Pelo menos por antecipação. Parece que arruína os nervos e não adianta grande coisa. Não vale a pena querer carregar o mundo às costas. Não somos responsáveis pela felicidade alheia, a fome no mundo, o aquecimento global e a subida do IVA. Liberte-se desse peso e satisfaça-se com o facto de que faz o melhor que pode. Da próxima vez que começar a stressar, repita três vezes ‘isso não interessa nada’ para pôr tudo em perspectiva.
… Acumular coisas de que não precisa. Como a colecção de livros de receitas que nunca consulta ou os tachos que nunca usa. Quanto mais cedo desistir disto, mais tempo vai poupar no futuro a livrar-se da tralha. Além de que, como diz o ditado, enquanto não se livrar do velho, não abre espaço para o novo. Capacite-se: se não usou durante um ano, é improvável que vá usar. Opte por ter menos coisas e mais espaço para variar.
… Estar sempre a fazer alguma coisa. Não faça nada, não seja nada, pelo menos por alguns minutos por dia, e não se sinta culpada por isso! Na verdade, não está a perder tempo, mas a ganhá-lo. O corpo regenera-se nestes momentos de ociosidade e é nele que podem surgir as ideias mais brilhantes.
… Continuar à espera do príncipe encantado que há-de vir numa manhã de nevoeiro montado num cavalo branco para resolver todos os seus problemas… Não tem de abdicar do romantismo, apenas das ilusões. Enfim, encare a coisa de forma pragmática e divirta-se com o príncipe errado até aparecer o certo.
… Aturar pessoas que a aborrecem. Não são só as gavetas que precisam de uma limpeza de vez em quando. A lista telefónica também. É inevitável ao longo da vida deixar algumas pessoas para trás. Vamos mudando, definindo interesses, estabelecendo prioridades, e o tempo não dá para tudo. Por isso, não se sinta culpada por dizer ‘não’ a pessoas com quem já não lhe apetece estar apenas porque partilharam a carteira da escola consigo.
… Ler livros chatos. Rejubile, não há leis que a obriguem a terminar calhamaços soníferos e não tem de fazê-lo só porque apenas se sente na obrigação de acabar o que começou. Alegre-se, já não está na creche, e tem direito à sobremesa mesmo que não coma tudo. Justifique-se com o Fernando Pessoa e suspire "ai que prazer ter um livro para ler e não o fazer…". Não vale a pena querer saber tudo, ler tudo e estar a par de tudo. É impossível, por isso, relaxe.
… Querelas antigas. Até pode ter razão, mas valerá a pena o gasto de energia que tem para manter a querela em funcionamento? Porque há um gasto de energia psíquica, não duvide. E como diz o ditado, ‘prefere ter razão ou ser feliz’? Liberte-se disso, perdoe, esqueça e ande para a frente sem carregar esse peso nas costas.
Clique para subscrever a NEWSLETTER ACTIVA.pt!