As mulheres submetidas a fertilização in vitro (FIV) quando têm entre 20 a 29 anos apresentam um maior risco de desenvolver cancro da mama, quando comparadas com mulheres que optam por outros tratamentos de fertilidade.
As mulheres que começam muito jovens a tomar medicamentos para a fertilidade e que recorreram à FIV, quando completam 24 anos têm mais 56 por cento de probabilidades de desenvolver cancro na mama, em comparação com as mulheres da mesma faixa etária que passaram pelos tratamentos de fertilidade mas sem FIV.
No entanto, não havia nenhum risco para as mulheres que iniciaram tratamentos de fertilidade quando já tinham cerca de 40 anos de idade, independentemente de recorrerem à FIV ou não.
Os investigadores explicam: ”Para as mulheres mais jovens, existe motivo para preocupação, porque podem enfrentar um maior risco de cancro da mama após o tratamento por fertilização in vitro”. A autora do estudo, Louise Stewart, da Universidade da Austrália Ocidental, explica que as mulheres mais jovens podem ter um risco maior de cancro da mama porque estão expostas a níveis muito elevados de estrogénio durante os seus ciclos de fertilização in vitro.
No Reino Unido 45 264 mulheres recorreram a tratamento de FIV em 2010. Um terço das mulheres com menos de 35 tiveram um filho com sucesso.
Os pesquisadores recolheram informações num universo de 21 025 mulheres, com idades entre os 20 e 40 e que passaram por tratamento de fertilidade nos hospitais da Austrália Ocidental entre 1983 e 2002.