A aspirina pode muito bem ser considerada uma das maiores invenções da ciência. Depois de vários estudos comprovarem os seus efeitos preventivos na artrite, AVC, ataques cardíacos ou cancro do cólon, uma nova pesquisa relaciona-o agora com a redução do risco de cancro do esófago. O medicamento reduz o risco de esófago de Barrett, uma condição que causa alterações nas células do esófago e um dos principais fatores de risco para este tipo de cancro.
Estudos preliminares anteriores já se tinham debruçado sobre a capacidade que os medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, nomeadamente a aspirina, tinham de prevenir cancro no esófago, mas o estudo do Massachusetts General Hospital Institute for Technology Assessment foi mais longe
A equipa estudou 434 pacientes e descobriu que aqueles que tomavam aspirina tinham 44% menos hipóteses de vir a sofrer de Esófago de Barrett. O estudo provou também que esta condição é três vezes mais frequente em homens que em mulheres.
Apesar de tudo, os responsáveis pelo estudo avisam que não é viável começar a tomar aspirina em doses altas para prevenir este problema – associado a problemas graves de refluxo gastroesofágico – se a prevenção do cancro do esófago é o único objetivo. “No entanto, se os dados adicionais confirmarem as nossas descobertas e um indivíduo com alto risco de desenvolver Esófago de Barrett ou cancro do esófago puder obter benefícios adicionais, sobretudo cardiovasculares, a toma de aspirina pode ser considerada”, diz o responsável pelo estudo, o Dr. Chin Hur.