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SISTEMA IMUNITÁRIO – Defesas em baixo
Os choques emocionais abalam a capacidade de o nosso organismo se proteger de vírus, bactérias e outras agressões. Existe até uma disciplina médica, a psiconeuro-imunologia, que estuda as relações entre o sistema imunológico, o comportamento e o funcionamento cerebral. Não se admire se tiver um episódio de herpes labial depois de anos em que não deu sinais de vida. Estudos científicos associam episódios de stresse emocional – que pode acontecer depois de um divórcio ou de uma rutura afetiva dolorosa – a uma maior vulnerabilidade ao vírus da gripe.

A cientista Janice Kiecolt-Glaser, com meia dúzia de outros colegas, publicou várias pesquisas, entre 1987 e 1993, em que concluía que quando de uma separação, ou em fases de mal-estar das relações, os sistemas imunitários enfraquecem porque há uma menor proliferação de linfócitos e células NK (natural killers ou assassinos naturais, os ‘agentes secretos’ que matam os agressores). O risco de contrair vários tipos de infeção cresce.

 

HORMONAS – Alta tensão e dores de cabeça
Estas emoções fortes podem fazer com que as hormonas que o nosso corpo produz como reação ao stresse – como a epinefrina ou o cortisol, que nos preparam  para reagir fisicamente a situações de perigo – fiquem desreguladas e afetem a nossa saúde. Uma das consequências pode ser o aumento da tensão arterial. Outra é o acréscimo de dores de cabeça. Situações de stresse emocional continuado podem levar a rigidez muscular, que desencadeia a sensação de músculos doridos e tensos.

CÉREBRO – Dor no corpo e na mente
Sempre que o beijava ou faziam amor como se não houvesse amanhã, o seu cérebro produzia uma quantidade de neurotransmissores, como a oxitocina ou dopamina, responsáveis por sensações de prazer, satisfação e união. Numa separação dolorosa, esses níveis descem, deixando-a muito mais vulnerável à ação das hormonas do stresse.

O sono e o apetite, controlados pelo cérebro, também sofrem alterações. Se não conseguir pregar olho não se admire, mas isso vai deixá-la mais cansada. Psiquiatras da Universidade do Michigan concluíram que o que dói na alma também pode doer no corpo, num surpreendente estudo publicado na revista ‘Proceedings of National Academy of Sciences’. Observaram que mostrar uma foto do ex-namorado/a – de quem se tinham separado nos últimos seis meses – aos 40 sujeitos da experiência equivalia a uma sensação de dor por queimadura no antebraço. Foi tudo medido por exames de ressonância magnética, que indicaram que a rejeição emocional ativa zonas do cérebro responsáveis por sinalizar a dor física, como o córtex somatossensorial e a ínsula dorsal posterior.

SISTEMA GÁSTRICO – Estômago às voltas
O seu sistema nervoso está em hora de ponta e os sinais que envia ordenam ao estômago que abrande a digestão. O resultado pode vir na forma de dores de estômago, perturbações gastrointestinais e até perda de apetite – abra uma exceção para os efeitos antidepressivos do chocolate preto.

PELE E CABELOS – Tristeza que cansa a beleza
Uma das principais reações da pele ao stresse é o aumento das secreções sebáceas. Poros entupidos e mais irritações de pele, ou até acne, são a forma de ela manifestar o que lhe vai por dentro – angústia, ansiedade e aquele sentimento de perda. A pele, como primeira barreira de defesa do organismo contra agressões, também perde parte das suas funções imunitárias – sim, isto anda mesmo tudo ligado.

Uma temporada de tristeza e stresse emocional pode também influir diretamente no ciclo de crescimento do seu cabelo. É comum começar a perder mais – chama-se a esse processo eflúvio telógeno, em que o cabelo cai quando ‘empurrado’ por um novo pelo a crescer no folículo. Mas só três meses (em média) depois do evento que causou o stresse emocional – que é como quem diz, a separação – é que a queda de cabelo se manifestará. Não se preocupe, voltará tudo ao normal numa questão de poucos meses.

CORAÇÃO – A síndrome do coração partido
Em casos extremos, como o luto por um companheiro recém-falecido, o coração pode dar mesmo sintomas de estar a falhar. Os cardiologistas chamam-lhe cardiomiopatia de Takotsubo ou cardiomiopatia por stresse. Os sintomas, explicam os especialistas da Mayo Clinic, incluem fortes dores no peito, falta de ar, fraqueza generalizada, ritmo cardíaco irregular e podem até dar a sensação de que se está a ter um ataque cardíaco. Em causa estará uma reação negativa ao aumento vertiginoso de hormonas do stresse, como a adrenalina, que provocam um estreitamento nas artérias que ligam ao coração e o sangue não é bombeado de forma eficiente.

A boa notícia é que a situação é reversível: ao fim de uma semana tudo volta ao normal. Ainda assim, os especialistas aconselham que, por uma questão de precaução, os sintomas sejam levados a sério e se chame a emergência médica. São raros os casos em que chega a ser fatal ou que deixe sequelas, como passar a ter um ritmo cardíaco irregula

A cardiomiopatia por stresse é mais vulgar em mulheres, dizem as estatísticas da Mayo Clinic, sobretudo com mais de 50 anos. E tem sido observado em vítimas de violência doméstica.

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