A comida tradicional japonesa continua a conquistar o mundo ocidental: a combinação de arroz com peixe cru ganhou adeptos e tornou-se num dos pratos mais populares. O facto de ser baixo
em calorias e muito nutritivo parece ser motivo mais que suficiente para incluir o sushi na nossa dieta, pelo menos uma vez por semana. Mas há mais boas notícias (e algumas cautelas que não se podem ignorar) para quem faz do sushi bar uma segunda casa, como nos explica a nutricionista Inês Forte.
1 – O sushi tem vários nutrientes essenciais a uma alimentação saudável, através da combinação perfeita entre as proteínas do peixe cru, os hidratos de carbono do arroz e as fibras das algas.
2 – A alga nori que envolve os rolos de arroz é rica em proteínas, vitaminas B e C, cálcio, ferro, potássio e magnésio. Para além destes nutrientes contém altas quantidades de iodo, um mineral que ativa o metabolismo energético.
3 – O wasabi, utilizado como tempero no sushi, é mesmo considerado um superalimento (alimentos que contêm mais micronutrientes por quantidade), sendo extremamente rico em vitamina C, fibras, aminoácidos, proteínas e com propriedades antibacterianas.
4 – Prato leve e nutricionalmente completo, ideal para quem quer iniciar uma dieta, uma refeição de sushi com seis porções tem, em média, 300 kcal. Além disso, o peixe cru e o arroz avinagrado são de fácil digestão. Se está a tentar perder peso o ideal é mesmo optar pelo sashimi (só peixe cru) e evitar versões mais calóricas, como sushi frito, com maionese ou queijo creme. A quantidade de arroz também deve ser tida em conta, já que o caldo usado para lhe dar consistência contém açúcar.
5 – O sushi vem sempre acompanhado pelo indispensável molho de soja, um condimento que deve ser usado com moderação: uma colher de sopa de molho de soja contém cerca de 1,029g de sódio e ao longo do dia apenas deveríamos consumir cerca de 6 g de sódio. Mas também é certo que este molho é baixo em calorias, cerca de 10 kcal por 20 ml.
… e os cuidados a ter:
O peixe cru levanta questões no que respeita à segurança alimentar, por poder estar contaminado com bactérias, parasitas, vírus e toxinas. É necessário que o peixe seja congelado a -20ºC para eliminar eventuais parasitas. Depois deve ser descongelado no frigorífico e preparado imediatamente antes de ser servido. Por esse motivo, é importante escolher um restaurante de confiança, onde sejam utilizadas as melhores regras de higiene por parte dos manipuladores, nas instalações e instrumentos usados na confeção. Devem ter especial cuidado com as intoxicações alimentares os idosos, crianças pequenas, mulheres grávidas, pessoas com o sistema imunológico comprometido ou com baixos níveis de ácido no estômago. Se for alérgica à mostarda ou à soja, tenha também atenção redobrada.
O sushi pode ser comido várias vezes por semana, sem restrições. No entanto, é importante nunca esquecer que devemos fazer uma alimentação variada e adequada, e como tal esta não deve ser a única a fonte de nutrientes. Lembre-se que este prato tem pouca quantidade de peixe e por isso não constitui a porção recomendada para uma refeição.