Teresa Fialho é especialista em gestão da mudança para grandes empresa e, em 2006, criou com a sócia Maria João Martins, a
My Change. Ela sabe que os profissionais que melhor se adaptam a situações de transformação, são aqueles que apresentam melhores hipóteses de sucesso. Na vida, nas relações, na concretização de projectos pessoais, passa-se o mesmo. Teresa fala-nos das carateristicas comuns às pessoas que melhor se saem, quando a vida lhes exige uma metamorfose:
– Flexibilidade: “Ser capaz de encontrar respostas alternativas e pensar em formatos que, não sendo os que foram determinados à partida, não ficam muito longe deles, com alguma adaptação.”
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Autodisciplina: “É preciso aceitar que há objetivos e timings a cumprir.”
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Capacidade de comunicação: “Estabelecer contactos e redes de apoio, partilhar ideias, torna as mudanças mais fáceis.”
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Otimismo: “Não desistir à primeira é muito importante. A NASA, quando escolhe tripulantes ou astronautas para as suas missões, além do domínio das competências técnicas, prefere pessoas otimistas porque nunca desistem de encontrar uma solução, o que é vital quando há um problema no Espaço.”
… e 3 grandes mitos sobre mudança:
1. “Burro velho não aprende línguas”. “É mito, tal como pensar que os jovens são sempre muito energéticos e cheios de ideias e os mais velhos não. Na mudança, aquilo que agrada aos mais velhos não é igual ao que agrada aos mais novos.
Os mais velhos têm um sentido de orgulho e pertença, enquanto os mais novos valorizam mais a aprendizagem ou as experiências interessantes e novas. Podemos encontrar resistência a ela se fizermos um discurso igual para toda a gente”, observa Teresa Fialho.
2. As mulheres adaptam-se melhor. “São é mais desafiadas a assumir papéis sociais diferentes e várias responsabilidades. Mas não encontramos muitas diferenças na forma como homens e mulheres respondem
à mudança.”
3. Os portugueses são Velhos do Restelo. “Não somos. Mas não somos muito bons a planear, queremos que
as coisas apareçam feitas quase instantaneamente. Mas como somos relacionais, enquanto povo, precisamos
de tempo para falar sobre os projetos de mudanças com os amigos e família, ouvir a opinião deles e ouvirmo-nos a nós próprios a explicá-los. Se tivermos esse tempo para o diálogo, eles são bem acolhidos.”