Algumas das principais medidas de segurança, face à pandemia que enfrentamos, são o distanciamento social, o uso de máscara e a lavagem e desinfeção frequente das mãos. Ora, no que toca a esta última, há quem defenda que o “exagero” pode prejudicar a nossa saúde.
Perante esta situação surgiram duas grandes teorias: uma, especula que o uso excessivo deste produto pode levar à criação de vírus resistentes a desinfetante ou antibióticos, outra afirma que este hábito pode enfraquecer o sistema imunitário, reduzindo as capacidades naturais de o nosso organismo combater doenças.
Apesar de tudo, não há evidências científicas que comprovem estas hipóteses. Em conversa com a Women’s Health, Anne Liu, especialista em doenças infecciosas, explica: “Não há bases científicas que nos levem a pensar que os desinfetantes de mãos ou sabonetes afetem o sistema imunitário ou a resistência a bactérias“.
Na verdade, os Centers for Disease Control and Prevention (CDC) garantem mesmo: “usar desinfetantes à base de álcool não causam resistência aos antibióticos. Os desinfetantes matam germes rápido, e de um modo distinto do dos antibióticos. Não há hipótese para os germes se adaptarem ou desenvolverem resistência“.
Apesar disto, há que ter cuidado com o facto de estes produtos deixarem as mãos secas e, consequentemente, mais suscetíveis à invasão de bactérias. “Contudo, desde que a barreira da pele esteja intacta, esse não deve ser um problema“, explica Liu. Ou seja, é essencial que mantenha a pele sempre hidratada.
Ora, se já ouviu dizer que a exposição a germes pode ser benéfica para a nossa imunidade, não se esqueça que estamos a lidar com um vírus novo, do qual ainda está muito por descobrir. Nesse sentido, a especialista afirma que nunca é demais higienizar as mãos, de modo a estarmos mais protegidos.