Quem nunca leu que é benéfico cortar o tempo de ecrã pelo menos uma hora antes de ir dormir? Embora possa ser complicado aplicar esse toque de recolher digital à risca — os nossos estilos de vida praticamente obrigam-nos a estarmos sempre conectadas —, é crucial seguir este conselho. Porquê? Por causa da infame luz azul.
Por definição, a luz azul é a luz visível de alta energia emitida pelo sol (fonte natural), ecrãs de computador, tablets, smartphones, televisores de alta definição e até mesmo pela iluminação LED (fontes artificiais). Está na origem de um problema contemporâneo: a poluição digital.
Além disso, causou o novo fenómeno do envelhecimento digital. Isto deve-se a um aumento dramático no tempo de exposição da pele a este tipo de radiação artificial, que é extremamente prejudicial, tendo um impacto negativo nos processos naturais de manutenção e reparação da epiderme. Por conseguinte, a tez começa a mostrar sinais de envelhecimento precoce, com o aparecimento prematuro de rugas, linhas finas e outras manchas pigmentares.
A luz azul também aumenta consideravelmente o stress da pele, danificando as estruturas celulares (proteínas, lipídeos e ADN) e extracelulares (colagénio e elastina). A solução? Em declarações ao portal Byrdie, a dermatologista Ainah Tan aconselha reduzir a luminosidade de equipamentos eletrónicos para o mínimo possível, sem que estes lhe cansem a vista, usar opções de mãos livres para fazer chamadas e ter cuidados cosméticos.
“Recomendo especificamente protetores solares com óxido de ferro, que protege contra a luz visível. Além disso, o uso de produtos com antioxidantes e vitamina C ajuda a minimizar os danos causados pela luz azul, bem como a possivelmente reparar a pele”, fez saber.