Há pessoas que nascem com um espírito empreendedor: Catarina Barbosa é uma delas. Formada em Engenharia Química, ao terminar o curso ainda trabalhou em fábricas na empresa do pai, “mas ele sempre me transmitiu, desde pequena, o ‘bichinho’ de ter um negócio próprio. E como sempre me interessei muito por cosmética e por produtos para a pele, decidi fazer uma formação em formulação e desenvolvimento de produtos cosméticos. Quando terminei essa formação, estava decidida a criar a minha própria marca”. Como muitas marcas de referência, que começaram do zero pela mão de mulheres que hoje são ícones da cosmética, como Estée Lauder, a Catarina Barbosa Skincare também começou… na mesa da cozinha. “Durante a formação, eu tinha de formular produtos para o curso e era aí que os fazia.” (risos) Estávamos em 2018. Dois anos depois, Catarina tinha o seu laboratório montado em Vila Nova de Milfontes, onde vive, e os produtos à venda. Tudo é formulado, produzido, embalado e expedido por ela, com a colaboração de uma colega que a ajuda nos testes de estabilidade, indispensáveis para vender qualquer cosmético. Há normas rígidas a cumprir, inclusive do Infarmed (que regula a venda de cosméticos em Portugal), e no próprio laboratório também há regras estritas. “Temos de seguir as boas práticas de fabrico, temos de cumprir as normas, temos de ter os relatórios dos produtos todos, os testes todos, e só aí é que podemos colocar o produto no mercado.”
“É uma gama de luxo, onde cada produto é uma homenagem a uma grande mulher portuguesa.”
Em matéria de ingredientes, Catarina privilegia os de origem natural (que nalguns casos são biológicos, embora não seja esse o foco da marca) e sempre com sustentabilidade assegurada. “Procuro sobretudo ingredientes ativos que realmente funcionem na pele e que tenham estudos científicos que comprovem a sua eficácia. Daí os preços serem um pouco mais elevados porque esses ingredientes ativos são um pouco mais caros. Mas procuro sempre o natural ou o naturalmente sintético. Combinamos os melhores ingredientes da natureza com a ciência. As enzimas de papaia que usamos, por exemplo, são feitas em laboratório, mas a partir da papaia. E os óleos que utilizamos são prensados a partir de sementes cruas, para preservar o seu valor.” Os ingredientes vêm da Alemanha, França e Itália, mas tudo o resto, incluindo as embalagens, é feito cá. E sendo uma marca portuguesa, Catarina quis homenagear com ela grandes mulheres da nossa cultura, dando os seus nomes aos produtos. Foi assim que surgiu o Óleo Facial Amália (o best seller da marca em Portugal), o Bálsamo Antioxidante Simone ou a Máscara Enzimática Florbela (o produto da marca mais vendido no estrangeiro), por exemplo. Catarina já tem novos produtos para lançar e, como a marca está em expansão, já está à procura de um espaço maior e vai contratar uma equipa… enquanto sonha com a boutique-spa que gostaria de abrir um dia.