
Com o seu nome divertido e embalagens chamativas com tampas em cores néon, a Drunk Elephant já alcançou o estatuto de marca de culto da cosmética. E com boas razões para isso, já que a eficácia das fórmulas é incontestável. A sua fundadora e Chief Creative Officer, Tiffany Masterson, falou connosco sobre a sua marca de cosmética biocompatível.
Porque decidiu criar a sua marca?
Desenvolvi a Drunk Elephant porque não conseguia encontrar cosméticos que não tivessem ingredientes que, por tentativa e erro, eu tinha percebido que eram problemáticos para a minha pele. Silicones, óleos essenciais, perfume, corantes e filtros químicos estavam em todo o lado, numa combinação de alguns a todos eles. Eu tinha uma pele mista e desequilibrada, com rosácea e inflamação. Há alguns anos que eu estudava ingredientes e o seu efeito na pele porque estava a vender uma barra de limpeza, o que levou à minha curiosidade e paixão pelo tema. E eu não fazia questão de que fosse tudo natural… a ideia de combinar boas matérias sintéticas com bons ingredientes naturais, deixando de fora o que não fazia bem à minha pele, intrigou-me o suficiente para fazer a marca. Eu suspeitava que havia muitas outras pessoas que tinham a mesma pele sensibilizada do que eu.
Qual é a filosofia da Drunk Elephant?
Comprometemo-nos a usar apenas ingredientes que beneficiam diretamente a saúde da pele ou dão integridade às nossas fórmulas. Nunca temos em linha de conta se um ingrediente é sintético ou natural, escolhemo-los com base na sua biocompatibilidade. É por isso que nos focamos em níveis saudáveis de pH, formulações que a pele reconhece, estruturas moleculares pequenas que são facilmente absorvidas e ingredientes ativos eficazes que também respeitam e mantêm o manto ácido da pele. Mas o que deixamos de fora dos nossos produtos é tão importante como o que pomos dentro deles, por isso nunca na nossa marca o que chamamos os 6 Suspeitos (óleos essenciais, álcoois secantes, silicones, filtros solares químicos, perfumes/corantes, SLS). Acreditamos que estes seis ingredientes comuns estão na raiz de quase todos os problemas de pele e quando são inteiramente retirados da rotina de cuidados – ou seja, quando fazemos um Drunk Break – a pele pode fazer um reset e voltar ao seu estado mais saudável e equilibrado. Esta dieta de eliminação de ingredientes beneficia todos os tipos de pele.
Foi difícil eliminar esses 6 Suspeitos?
Surpreendentemente não. Na verdade, não há necessidade de os usar. Muitos deles são o que eu chamo ‘ingredientes de marketing’ – o que significa que só existem numa fórmula para a fazer cheirar melhor ou ter uma textura mais agradável e não têm qualquer benefício para a pele – perfumes, corantes e silicones estão todos nessa categoria, portanto não há necessidade de os substituir. Os álcoois dissolvem os lípidos que mantêm a pele maleável, portanto também não precisamos de uma alternativa. Os óleos essenciais têm compostos olfativos voláteis que podem ser sensibilizantes para a pele e podem ser facilmente substituídos por óleos não perfumados que oferecem benefícios semelhantes. O SLS (lauril sulfato de sódio) é um surfactante que permite fazer espuma e há bastantes agentes espumosos naturais que podemos usar e não são irritantes comprovados. Podem ser facilmente substituídos por syndets ou surfactantes suaves. Os filtros solares físicos são uma boa alternativa aos filtros químicos. Há sempre escolhas que podemos fazer e que não têm desvantagens.
Qual é a origem do nome?
Apaixonei-me pelo óleo de marula a primeira vez que o experimentei. Percebi que era absorvido muito facilmente e deixava uma sensação ótima à superfície da pele. Na tentativa de saber mais sobre ele, pus no Google a palavra ‘marula’ e apareceu um vídeo com elefantes que pareciam embriagados depois de comerem os frutos caídos. É um vídeo adorável e foi uma espécie de alívio de toda a seriedade envolvida na criação de uma linha de cuidados para a pele. Não sou médica, não sou francesa e não sou cientista, por isso não fazia sentido chamar à linha ‘Tiffany Masterson’ e eu também não queria isso. Quando o nome Drunk Elephant me veio à cabeça comecei a perguntar a outras pessoas o que achavam. Nem toda a gente gostava, mas a minha intuição dizia-me que era o certo e foi o que escolhi. E também tem muito a ver com a minha personalidade.
De que é que tem mais orgulho na sua marca?
Dos testemunhos das pessoas que passaram a sentir-se mais confiantes na sua pele depois de usarem Drunk Elephant. Sinto-me tão orgulhosa e inspirada pela comunidade Drunk Elephant… que grupo de pessoas tão positivo, inspirador e colaborante. Adoro ver as pessoas a apoiar-se umas às outras, a partilhar experiências, smoothies de cuidado da pele, selfies de cara lavada, ao mesmo tempo que encontram valores comuns na nossa comunidade social. Os membros da minha comunidade elogiam-se uns aos outros. É sempre uma alegria ver pessoas a serem amáveis, a apoiar-se e a aprender umas com as outras. Gosto de pensar que ‘your vibe attracts your tribe’ e é sempre um prazer ver o amor a espalhar-se e a amabilidade que têm uns para com os outros.

Quais são os produtos que temos mesmo de experimentar?
Para mim a filosofia é mais importante do que qualquer produto individual. Todos têm significado para mim e o seu lugar na coleção, e eu formulo novos produtos com base no que sinto que falta na minha rotina. Acho que cada produto traz qualquer coisa de importante à linha e não passaria sem nenhum deles, mas a verdade é que desenvolvi a Drunk Elephant com base nos meus próprios desejos e necessidades como consumidora, por isso todos eles encaixam e fazem sentido. Mas fazer um Drunk Break e evitar os 6 Suspeitos, só precisa de um produto de limpeza, um hidratante e um protetor solar.